Bancada do PP quer afastamento de Maranhão do partido e da presidência da Câmara

A decisão será oficialmente formalizada às 17h, durante o encontro da Executiva Nacional da legenda

Equipe InfoMoney

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Com 47 deputados em exercício, a bancada do PP na Câmara quer decidir hoje (10) o futuro de Waldir Maranhão (MA). O grupo, reunido desde as 10h30, está praticamente decidido sobre o afastamento de Maranhão do partido e consequentemente da presidência da Câmara – cargo que ocupa interinamente. A decisão será oficialmente formalizada às 17h, durante o encontro da Executiva Nacional da legenda. De acordo com a composição da chapa que elegeu Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o comando da Câmara, a vaga na presidência interina pertence ao PP.

O partido decidiu discutir o assunto após as atitudes tomadas ontem (9) por Maranhão. Ele anulou a sessão de admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara e, no fim da noite, revogou a anulação.

Um dos mais polêmicos da legenda, o deputado Julio Lopes (RJ) afirmou que Maranhão cometeu “atentado contra o partido e contra a democracia” ao decidir, sozinho, sobre a suspensão de parte do processo na Câmara. Mesmo com a revogação da medida, a situação de Maranhão dentro da legenda parece não poder mais ser revertida.

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Na reunião, os deputados também tentam afinar os dez pontos que serão encaminhados ao vice-presidente Michel Temer, como sugestões para o governo provisório, caso Dilma Rousseff seja afastada pelo prazo de 180 dias na votação de amanhã (11) do Senado.

Tanto Lopes quanto outros pepistas, como o gaúcho Jerônimo Goergen, querem o afastamento de Maranhão que, imediatamente, teria que deixar o mandato e o cargo de presidente interino da Câmara. Se isso ocorrer, o que o PP defenderá são novas eleições para o comando da Casa. Ontem, DEM e PSD ingressaram com uma representação contra Maranhão no Conselho de Ética, pedindo a cassação de seu mandato, por abuso de autoridade.

Mesa Diretora

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Já o impasse sobre uma nova composição da Mesa Diretora da Câmara esbarra na legislação interna da Casa e não há consenso sobre o que pode ser feito desde que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi afastado da presidência por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O colegiado deve se reunir hoje para tentar uma solução. Pelo Regimento Interno da Casa, a vaga só fica disponível em casos de morte, renúncia ou perda de mandato. Cunha deixou claro que não irá renunciar. As mesmas regras ainda estabelecem que qualquer vaga da Mesa até 30 de novembro do segundo ano de mandato deve ser preenchida com nova eleição, dentro de cinco sessões plenárias.

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