O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou, nesta quarta-feira (7), a taxa básica de juros da economia nacional (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano. É o maior nível do indicador desde agosto de 2006.
A Selic é referência para a taxa do CDI, principal parâmetro para definir a rentabilidade de aplicações de renda fixa. Diante do atual patamar da taxa de juros, o retorno destes investimentos se torna mais atrativo, para proteger o patrimônio do investidor contra as oscilações da Selic.
Neste cenário, o mercado oferece atualmente diversos produtos atrelados à taxa do CDI, entre eles, estão títulos públicos, CDBs e fundos de renda fixa. Confira, a seguir, a característica de cada um deles.
- CDB
- Títulos públicos
- Fundos de renda fixa
- Veja exemplos de investimentos atrelados ao CDI e à Selic
- Qual o cenário para a renda fixa:
CDB
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de renda fixa emitido por bancos e caixas econômicas para captar recursos e financiar suas atividades. Funciona assim:
Você “empresta” dinheiro para a instituição financeira.
- Em troca, na data de vencimento, a instituição devolve o valor investido acrescido dos juros acordados no momento da aplicação.
As aplicações em CDB contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil por CPF em cada instituição. Isso significa que, até esse valor, os investimentos em CDB estão protegidos em caso de eventual quebra do emissor.
Entre os tipos de CDBs, estão os pós-fixado, modalidade cuja remuneração é atrelada a um indexador econômico, geralmente o CDI. Veja os riscos e as vantagens do CDB.
Títulos públicos
Em resumo, ao adquirir um título público, o investidor empresta dinheiro ao governo federal, que investe esse recurso em áreas como saúde, educação e infraestrutura. Em contrapartida, o investidor passa a ser credor do governo e recebe, no vencimento ou no resgate, o valor aplicado acrescido dos juros, conforme a taxa e o prazo determinados no momento da aplicação.
Assim como ocorre com os CDBs, os títulos públicos pós-fixados também têm o desempenho atrelado a um indexador que oscila ao longo do tempo. Portanto, esses papéis podem ser vinculados à taxa Selic ou ao IPCA (índice oficial de inflação). Confira mais sobre riscos e vantagens desta classe de ativo.
Fundos de renda fixa
Os fundos pós-fixados têm seus retornos vinculados a indicadores como a Selic ou o CDI. Assim, quando há elevação da taxa básica de juros, a remuneração desses fundos tende a acompanhar essa movimentação, sem necessidade de ajustes frequentes na carteira.
A inclusão de fundos pós-fixados na carteira pode contribuir para a diversificação e o gerenciamento de riscos. Eles costumam ser indicados para investidores com perfil conservador ou moderado, que buscam investimentos alinhados ao comportamento da taxa de juros, mas que compreendem as variações que podem ocorrer ao longo do tempo.
Antes de investir, é recomendável consultar o prospecto e o regulamento do fundo para entender sua estratégia, custos e riscos. Conheça mais sobre estes fatores aqui.
Veja exemplos de investimentos atrelados ao CDI e à Selic
XP Liquidez
O XP Liquidez FIC RF REF DI CP RL está ativo desde 10 de junho de 2024 e conta com uma aplicação mínima de R$ 100,00 e movimentação mínima de R$ 100,00, com horário de aplicação e resgate até as 16 horas.
O fundo tem uma taxa de administração de 0,24% e máxima de 0,40%. O patrimônio líquido atualmente está em R$ 2,714 bilhões.
CDBs
LTNs
*As ofertas na plataforma da XP são limitadas à capacidade disponível do produto; mercado de renda fixa fica aberto das 10h às 15h.
Qual o cenário para a renda fixa:
No relatório Onde Investir em Renda Fixa – Maio de 2025, Camilla Dolle, Mayara Rodrigues e Luiz Ferreira, analistas da XP Investimentos, traçam um cenário positivo para ativos de renda fixa.
“Estes ativos têm se mostrado outra boa opção diante do ciclo atual de alta da Selic”, destacam os especialistas no relatório. “Nossa visão é positiva para títulos públicos para perfis conservadores, e emissores bancários e privados, de setores menos cíclicos, com boa liquidez e alta qualidade para perfis de maior aceitação ao risco”, complementa o texto.
Para os interessados, os analistas da XP recomendam ainda atenção para pontos como perfil de investidor, prazo do ativo em relação aos objetivos e tamanho da alocação.
“Principalmente para crédito privado, não recomendamos exposições a um único emissor maior do que 5% da sua alocação, sendo menor quanto maior o risco da empresa”, finaliza o relatório.
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