Taxas dos títulos públicos no Tesouro Direto operam em alta nesta quarta-feira

Avanço da Covid-19 no Brasil e no mundo segue no foco do mercado

Lucas Bombana

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto operam em alta na tarde desta quarta-feira.

Após um início da sessão com queda dos prêmios, as operações foram suspensas por cerca de meia hora por volta das 11h30, e, quando foram retomadas, os juros dos papéis retomaram a tendência de alta dos dias anteriores.

O juro pago pelo papel prefixado com vencimento em 2024 era de 8,13% nesta tarde, contra 7,97% no início da sessão nesta quarta-feira, e 8,03% no fechamento passado.

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No caso do papel Tesouro Prefixado 2026, a taxa era de 8,64%, ante 8,46% na abertura do pregão, e 8,52% ontem.

Entre os títulos atrelados à inflação, o papel com vencimento em 2026 pagava uma taxa real de 3,59%, contra 3,53% pela manhã, e 3,62% no último fechamento.

No Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2030, o prêmio era de 3,94%, contra 3,88% na abertura da sessão, e 3,95% ontem.

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Entre os papéis de vencimento mais longo, no título indexado à inflação para 2055, a taxa de juro real subia para 4,49%, contra 4,45% mais cedo, e 4,55% na sessão passada.

Confira os preços e as taxas atualizadas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto nesta quarta-feira (24):

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Fonte: Tesouro Direto

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Combate à pandemia

Entre os destaques do dia na agenda doméstica, o presidente Jair Bolsonaro se reúne com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, além de alguns governadores e ministros para tratar do enfrentamento à pandemia.

Em pronunciamento na televisão na noite de ontem, Bolsonaro disse que 2021 será o ano da vacinação dos brasileiros contra a Covid-19. Em pouco mais de três minutos, o presidente, que já minimizou a efetividade da imunização e chegou a declarar que não iria se vacinar, defendeu que o governo vem tomando medidas de enfrentamento ao coronavírus.

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A fala de Bolsonaro foi acompanhada de panelaços em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Na terça-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, negou pedido de Bolsonaro para barrar decretos que instituíram medidas de isolamento no Distrito Federal, na Bahia e no Rio Grande do Sul.

O Brasil registrou ontem (23) o recorde de 3.158 mortes por coronavírus, e o total de óbitos desde o início da pandemia atingiu 298.843 falecimentos.

No noticiário corporativo, o destaque fica por conta da aquisição da totalidade das ações do grupo BIG pelo Carrefour Brasil por R$ 7,5 bilhões.

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Covid-19 avança no exterior

Na cena global, a atenção dos investidores também está mais voltada hoje para o recrudescimento da pandemia em diversos países. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que a maior parte das regiões do globo está passando pelo aumento de casos de Covid-19, com a propagação de novas variantes altamente contagiosas.

Mundialmente, há aumento no número de novos casos há cinco semanas, sendo que na semana passada a alta foi de 8%. Na Europa, a expansão foi de 12% e, no sudeste da Ásia, de 49%. A França e a Alemanha estenderam a validade de suas medidas de lockdown.

Ainda no radar do mercado estão declarações feitas pelo presidente do Fed, Jerome Powell, e pela secretária do Tesouro, Janet Yellen, quando a dupla reconheceu a valorização expressiva dos ativos nos mercados, mas afirmou não ter tanta preocupação com uma eventual instabilidade financeira.

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Powell disse avaliar que a recuperação da economia “progrediu mais rapidamente do que o esperado, e parece estar se fortalecendo”.

Já Yellen afirmou que, para a recuperação plena da economia dos Estados Unidos, o governo do presidente Joe Biden necessitará investir em infraestrutura e no combate a mudanças climáticas. “Precisaremos elevar receitas e, provavelmente, a administração Biden poderá propor alta de impostos, que poderá estar relacionada com a elevação de tributos de empresas para 28%.”

Tanto Yellen quanto Powell voltam a falar nesta quarta-feira na Câmara de Representantes.