Tesouro Direto: taxas de títulos públicos têm leve queda nesta segunda-feira

Investidores monitoraram vacinação ao redor do mundo, estímulos econômicos e cena política no Brasil

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – As taxas pagas pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam leve queda na tarde desta segunda-feira (4), no primeiro pregão de 2021.

Entre os títulos prefixados, o prêmio do papel com vencimento em 2023 era de 4,34%, contra 4,36% no dia 30 de dezembro. O Tesouro Prefixado 2026, por sua vez, oferecia uma taxa anual de 6,29% nesta tarde – a mesma paga anteriormente.

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Já o papel indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava um prêmio anual de 2,33%, ante 2,34% no fechamento anterior, enquanto o juro pago pelo Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2030 era de 2,78%, ante 2,77% na sessão anterior.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira (4):

Fonte: Tesouro Direto

Cena global

No cenário internacional, o sentimento era de otimismo com a continuidade da vacinação contra o coronavírus em diversos países ao redor do mundo. Até o momento, 51 países já começaram a imunizar suas populações contra a doença.

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Mais estímulos econômicos oferecidos pelo Tesouro dos Estados Unidos e pelo Federal Reserve, o banco central americano, também contribuíram para o bom desempenho dos mercados.

Apesar disso, na Europa, investidores estiveram atentos aos próximos passos do Reino Unidos depois de concretizada a separação da União Europeia. Eles buscam sinais de problemas nos fluxos comerciais que poderiam ser causados pelas novas regras e pela nova burocracia.

Nos Estados Unidos, o presidente americano, Donald Trump, pressionou oficiais por recontagem na Georgia, estado em que perdeu as eleições em 2020. O áudio da ligação divulgado gera um ciclo de notícias negativas em um momento decisivo para a eleição de duas vagas no Senado pelo estado, que ocorre amanhã.

Focus e vacinação no Brasil

Na cena doméstica, o relatório Focus, divulgado nesta manhã pelo Banco Central, mostra que após o forte aumento dos preços em 2020, o mercado financeiro estima alta de 3,32% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, levemente abaixo dos 3,34% esperados anteriormente.

Para o ano passado, a projeção é de inflação de 4,38%, em linha com a da semana passada (4,39%). Já para 2022, os economistas preveem alta de 3,50%, sem mudanças ante o relatório anterior.

Com relação ao desempenho da economia brasileira, passados os fortes impactos da pandemia de coronavírus, os especialistas esperam um crescimento de 3,40% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, abaixo dos 3,49% esperados no último levantamento.

Já em 2022, a economia deverá crescer 2,50%, sem alterações em relação à semana anterior.

Para o ano passado, a estimativa no Focus indica queda de 4,36% do nível da atividade, ante projeção anterior de contração de 4,40%.

Com relação ao coronavírus, a ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas), que reúne clínicas privadas que oferecem vacinação, informou ontem que negocia com o laboratório indiano Bharat Biotech a compra de cinco milhões de doses de sua vacina contra a Covid-19, a Covaxin, que teve o uso emergencial aprovado pelas autoridades indianas no mesmo dia.

Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ter aprovado um pedido de importação excepcional de 2 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. O pedido de importação foi feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é responsável por produzir essa vacina no Brasil.

A vacina ainda não foi aprovada para uso emergencial nem teve registro sanitário. Por isso, sua importação é emergencial e, por enquanto, o imunizante não pode ser aplicado.

Segundo a Anavisa, a importação excepcional tem o objetivo de antecipar o início da vacinação assim que o produto for aprovado.

No âmbito político, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias vetando, entre outros pontos, um dispositivo que impedia a limitação de gastos em ações vinculadas à produção e disponibilização de vacinas contra a Covid-19 e a imunização da população.

Em uma justificativa para vários vetos entre os quais o relativo às vacinas, o governo afirma que esse itens, por não terem ficado passíveis de limitação de empenho, reduziam “o espaço fiscal das despesas discricionárias, além de restringir a eficiência alocativa do Poder Executivo na implementação das políticas públicas”.

A LDO serve para orientar a Lei de Diretrizes Orçamentárias que ainda precisa, no entanto, ser aprovado pelo Congresso. Sem a votação, o governo federal abre 2021 sem um Orçamento. A expectativa é que só seja aprovado em fevereiro.

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