Tesouro Direto: taxas de títulos públicos operam sem direção definida nesta tarde

Investidores aguardaram pacote de estímulos nos EUA e monitoraram impasse político sobre vacina contra a Covid-19 no Brasil

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Os títulos públicos negociados via Tesouro Direto operavam sem direção definida na tarde desta quinta-feira (22). Os papéis prefixados apresentavam alta, enquanto os indexados à inflação estavam próximos da estabilidade.

O título prefixado com vencimento em 2023 pagava um prêmio anual de 4,77% nesta tarde, ante 4,74% a.a. na quarta-feira (21). O juro pago pelo mesmo papel com juros semestrais e vencimento em 2031, por sua vez, subia de 7,70% para 7,90% ao ano.

Entre os papéis indexados à inflação, o com vencimento em 2035 oferecia uma taxa anual de 4,03% a.a. – a mesma apresentada anteriormente. Já o prêmio do Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2055 era de 4,22%, frente a taxa de 4,21% ao ano paga ontem.

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No caso do Tesouro Selic, a taxa de deságio permaneceu estável em relação à apresentada na véspera, em 0,20%.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quinta-feira (22):

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Fonte: Tesouro Direto

Espera por pacote de estímulos

Na cena internacional, as incertezas continuaram em torno das negociações para a aprovação de um pacote de estímulos econômicos nos Estados Unidos.

Ontem, o porta-voz da presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, disse que ela e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, conversaram por 48 minutos e ficaram mais perto de assinar um acordo.

Na agenda de indicadores americanos, o país somou 787 mil novos pedidos por seguro-desemprego na semana passada.

O resultado, que é o menor desde o início da pandemia, em março, veio abaixo da mediana das expectativas dos economistas consultados pela Bloomberg, que apontava para 870 mil requisições do benefício no período.

Também no radar, o diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, John Ratcliffe, afirmou que “Irã e Rússia tomaram ações específicas para influenciar a opinião pública em relação às eleições”.

Ambos os países obtiveram, separadamente, informações sobre eleitores americanos. Segundo Ratcliffe, os dados podem ser usados para tentar comunicar informações falsas aos eleitores, em uma tentativa de causar confusão e caos, prejudicando a confiança na democracia americana.

O Kremlin negou nesta quinta-feira as acusações dos EUA de que tentou interferir nas eleições presidenciais norte-americanas deste ano, classificando-as de infundadas.

Destaque ainda nesta quinta-feira para o último debate presidencial, às 22h (horário de Brasília), entre o presidente Donald Trump e o candidato democrata Joe Biden.

Impasse sobre vacina

No âmbito local, os investidores acompanharam os movimentos do governo federal em torno da vacina que está sendo testada pelo laboratório chinês Sinovac, no estado de São Paulo, em parceria com o instituto Butantan.

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desautorizou fala do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, que anunciou a compra de 46 milhões de doses da vacina. No Twitter, Bolsonaro escreveu em letras maiúsculas que a vacina “NÃO SERÁ COMPRADA”.

“Da China não compraremos. Não acredito que ela transmita segurança para a população pela sua origem. Esse é o pensamento nosso”, afirmou Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan na noite passada.

Apesar de o presidente ter descartado a vacina chinesa, o Ministério não rompeu o trato para sua compra, com valor previsto de R$ 1,9 bilhão.

Ainda no radar político, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-RJ), afirmou que pautará todos os vetos presidenciais pendentes de análise na sessão do Congresso do dia 4 de novembro.

Entre eles, estarão os vetos à prorrogação da desoneração da folha de pagamentos e a trechos do Novo Marco Legal do Saneamento.

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