Tesouro Direto: taxas de títulos públicos recuam na tarde desta segunda-feira

Investidores monitoraram IBC-Br, relatório Focus e retomada de testes de vacina contra o coronavírus

Mariana Zonta d'Ávila

(CarlaNichiata/Getty Images)

SÃO PAULO – Em semana de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), as taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam queda na tarde desta segunda-feira (14).

Entre os indicadores domésticos, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve alta de 2,15% em julho ante julho. O resultado veio abaixo do esperado pelos economistas consultados pela Bloomberg, de alta de 3,40% no período.

Já na base de comparação anual, o indicador, que é considerado uma prévia do PIB, apresentou queda de 4,89%, melhor que a contração de 5,25% esperada.

No Tesouro Direto, o título prefixado com vencimento em 2023 pagava um prêmio anual de 4,20%, ante 4,29% a.a. na tarde de sexta-feira (11). O juro pago pelo mesmo papel com prazo em 2026, por sua vez, cedia de 6,76% para 6,66% ao ano.

Entre os papéis indexados à inflação, o com vencimento em 2026 pagava uma taxa de 2,47% ao ano, frente 2,50% a.a. anteriormente, enquanto o Tesouro IPCA+ 2035 oferecia um prêmio anual de 3,79%, ante 3,80% a.a. no pregão de sexta-feira.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira (14):

Fonte: Tesouro Direto

PIB e inflação

No Brasil, a atenção também recaiu sobre o relatório Focus, do Banco Central, que mostrou uma revisão para cima nas expectativas para o desempenho da economia brasileira, de queda de 5,31% para 5,11% do PIB este ano. Em 2021, contudo, a atividade deverá crescer 3,50% no país, em linha com o esperado anteriormente.

Em meio às discussões sobre o aumento do preço dos alimentos, os economistas consultados pelo BC aumentaram suas projeções para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 1,78% para 1,94%, em 2020. Para 2021, a estimativa para o indicador foi de 3,00% para 3,01%.

Em relação à taxa básica de juros, a expectativa dos economistas ouvidos pela autoridade monetária é a de que a taxa siga inalterada não apenas na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), mas pelo menos até dezembro.

Já em 2021, o espaço para a alta dos juros deverá ser menor, segundo o Focus, com a Selic subindo a 2,50%, ante estimativa anterior de alta para 2,88% ao ano.

Ainda no âmbito doméstico, os investidores monitoraram o veto do presidente Jair Bolsonaro ao perdão de R$ 1 bilhão em tributos a igrejas no país, seguindo uma recomendação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Outro destaque do noticiário nacional foram os planos do governo de incluir no texto da Constituição os principais conceitos do Renda Brasil, programa social que vai substituir o Bolsa Família.

Quadro internacional

No ambiente internacional, o ambiente foi de otimismo com a notícia de retomada dos testes da vacina da AstraZeneca contra o coronavírus.

Na semana passada, os testes haviam sido suspensos por conta dos efeitos colaterais causados em um dos pacientes no Reino Unido.

Ainda no radar, fontes do Wall Street Journal dizem que a Oracle venceu a disputa para assumir as operações americanas do aplicativo chinês TikTok, derrotando a Microsoft.

Segundo o jornal, a Oracle deve ser anunciada como “parceira tecnológica de confiança” da ByteDance, controladora do aplicativo, em um acordo que não envolverá venda direta.

Conheça as melhores análises e oportunidades em Fundos Imobiliários: participe do FII Summit, entre 22 e 24 de setembro – online e gratuito!