Tesouro Direto: taxas de títulos públicos recuam após prévia do PIB

Prévia do PIB mostra queda de 0,27% em dezembro na comparação mensal, em linha com expectativas do mercado

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam queda na tarde desta sexta-feira (14).

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Após uma bateria de dados fracos sobre o comportamento da economia brasileira em dezembro, com resultados decepcionantes da produção, do varejo e do setor de serviços, a prévia do PIB, medida pelo Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), sinalizou hoje que a atividade segue fragilizada.

O indicador registrou queda de 0,27% em dezembro na comparação mensal, em linha com a estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, de recuo de 0,30%. Enquanto isso, a alta de 0,18% da medição anterior, de novembro ante outubro, foi revisada para queda de 0,11%.

Na comparação anual, o índice registrou avanço de 1,28% em dezembro, em linha com a estimativa, de alta de 1,3%. O dado anterior, de novembro de 2019 em relação ao mesmo período de 2018, por sua vez, também foi revisado de +1,10% para +0,76%.

Após expansão de 1,34% do PIB em 2018, a economia brasileira cresceu 0,89% em 2019, segundo o Banco Central. O resultado oficial, porém, será divulgado apenas em 4 de março, pelo IBGE.

Ainda no cenário doméstico, investidores monitoraram a nova atuação do BC no câmbio, com a oferta de 20 mil contratos de swap cambial em leilão para tentar conter a alta da moeda americana. Às 16h22, a moeda operava em baixa de 0,57%, cotada a R$ 4,31 na compra e na venda.

No cenário externo, as atenções seguem naturalmente sobre a China, em meio a dúvidas sobre a exatidão das informações divulgadas sobre o surto do coronavírus. Isso porque um erro na contagem do número de mortos na província de Hubei, epicentro da epidemia, fez as autoridades de Beijing retirarem 108 nomes da lista de mortos, por “dupla contagem”.

Apesar da revisão nos dados, o número de atingidos pelo surto superou 65 mil pessoas, com mais de 1.300 mortes.

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No Tesouro Direto, o título prefixado com vencimento em 2023 oferecia um prêmio anual de 5,28% ao ano, ante 5,35% a.a. na abertura do dia. O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 34,52 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação) ou adquirir o título integralmente por R$ 863,10.

O papel com vencimento em 2026, por sua vez, pagava 6,18% ao ano, ante 6,23% pela manhã.

Entre os títulos indexados à inflação, o com vencimento em 2026 pagava 2,51% ao ano, ante 2,54% a.a. anteriormente, enquanto o retorno do Tesouro IPCA+ 2035 cedia de 3,25% para 3,22% ao ano.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

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Como investir com a Selic a 4,25% ao ano?

Com a queda dos juros, produtos com retornos pós-fixados, indexados ao CDI, estão rendendo cada vez menos, e o mesmo acontece com a rentabilidade da caderneta de poupança, que é atrelada à taxa Selic.

Nos últimos 12 meses até janeiro, a caderneta rendeu 4,14%. Agora, com a Selic em 4,25% ao ano, o retorno anual da poupança passa a ser de 2,98% e continua, portanto, perdendo para demais aplicações conservadoras e até para a inflação, caso a estimativa de alta de 3,40% para o IPCA neste ano se confirme.

Além de os juros baixos dificultarem a escolha de investimentos mais conservadores, a perspectiva de que eles voltem a subir colocam novo desafio para o aplicador brasileiro.

O InfoMoney conversou com especialistas do mercado financeiro para entender como o investidor deve se posicionar neste cenário. O consenso foi de que as aplicações deverão buscar horizontes mais longos e que, independentemente do perfil de risco do investidor, alguma parcela do portfólio deve estar alocada em ativos mais arriscados, de forma a garantir melhores rentabilidades. A matéria completa você confere aqui.