TB Office: Superada pelo Safra, proposta da BlueMacaw não será mais votada por cotistas

Resta agora aos investidores do fundo deliberar, no dia 10 de dezembro, se vendem ou não o condomínio Tower Bridge Corporate por R$ 1,055 bilhão

Pedro Ladislau Leite

Tower Bridge Corporate, ativo do FII TB Office (Divulgação)

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SÃO PAULO – Os cotistas do fundo imobiliário TB Office (TBOF11) não irão mais votar a proposta de compra do condomínio Tower Bridge Corporate feita pela gestora BlueMacaw.

A assembleia para analisar a oferta de R$ 924,6 milhões pelo único imóvel do fundo estava marcada para o dia 29, mas foi cancelada a pedido dos mesmos cotistas que haviam pedido a reunião.

O motivo é a proposta superior, de R$ 1,055 bilhão, feita posteriormente pelo fundo híbrido JS Real Estate Multigestão (JSRE11), do Banco Safra, que será analisada em assembleia no dia 10 de dezembro.

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As informações constam em fato relevante divulgado pelo BTG Pactual, que administra o TBOF11, nesta quarta-feira (27).

Polêmica

A possível venda do TB Office vem movimentando o mercado de FIIs desde o início do mês. A primeira proposta pelo edifício havia sido feita pela gestora Hedge Investments, que desistiu do negócio após as duas ofertas feitas, com valores superiores.

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A Hedge havia proposto comprar o condomínio por R$ 909,5 milhões. A oferta foi categorizada como “hostil” por alguns investidores do fundo TB Office, já que o edifício foi avaliado em R$ 995,2 milhões no último laudo, elaborado pela CBRE em parceria com o BTG Pactual.

A Hedge justificava a transação pelo timing de mercado, mas outros cotistas rebatiam dizendo que a queda da vacância deveria impulsionar os rendimentos do fundo e, por isso, seria melhor não vender.

Além disso, a proposta da Hedge sofreu acusações de conflito de interesses, já que a gestora é cotista do TB Office por meio de seus fundos de fundos Hedge Top FOFII FII 1, 2 e 3. Assim, a casa seria ao mesmo tempo vendedora e compradora na operação.

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Pedro Ladislau Leite

Repórter de investimentos do InfoMoney, cobre os mercados de renda fixa (Tesouro Direto e títulos privados) e de renda variável, acompanhando as movimentações dos principais gestores de fundos no país.