Taxas dos títulos públicos recuam no Tesouro Direto após dados de emprego nos EUA

Atenção dos investidores se volta para crise hídrica no Brasil e dados do mercado de trabalho nos EUA

Lucas Bombana

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Após abrirem em alta, as taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto passaram a registrar forte queda, na esteira da divulgação de dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos.

Entre os papéis prefixados, o prêmio do título com vencimento em 2024, que era de 7,93% hoje pela manhã, contra 7,90% na tarde de quarta-feira, estava em 7,75% por volta das 15h19. Já o Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2031 pagava uma taxa de 8,86%, ante 9,03% ao ano nesta manhã, e 8,97% no fechamento passado.

Entre os títulos indexados à inflação, o prêmio do Tesouro IPCA+ para 2026 recuava para 3,33% nesta tarde, contra 3,41% na abertura da sessão, e 3,43% na quarta-feira, enquanto a taxa do papel para 2030 era 3,75%, ante 3,85% pela manhã, e 3,83% na sessão passada.

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Confira os preços e as taxas atualizadas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto nesta sexta-feira (4):

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Fonte: Tesouro Direto

Payroll nos EUA

No cenário internacional, o destaque do dia fica por conta da divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, onde foram criados 559 mil empregos em maio, de acordo com o Relatório de Emprego (payroll) divulgado nesta sexta-feira (4) pelo Departamento de Trabalho.

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O resultado foi abaixo do esperado: a média das expectativas dos economistas para o dado era de geração de 650 mil vagas, segundo consenso Refinitiv. Em abril, o país havia criado 266 mil postos de trabalho.

Um dado de emprego negativo, apesar de colocar no horizonte alguma dose de preocupação com a saúde financeira da maior economia do mundo, também traz consigo interpretações de que o Federal Reserve, o banco central dos EUA, manterá sua política monetária estimulativa por mais tempo.

Brasil na imprensa internacional

Entre os destaques do dia na agenda doméstica, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 3, em transmissão nas suas redes sociais, que o País vive a maior crise hidrológica de sua história. “Não se tem notícia de quando é que passamos tanto tempo sem chover no Brasil”, afirmou o presidente.

Ao comentar a crise, o presidente colocou como alternativas para lidar com o problema energético do País a utilização de tetos solares e outras formas de armazenar energia. “O Brasil tem um potencial enorme”, afirmou o presidente, defendendo que o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, tem trabalhado na busca de soluções para a área.

Ao citar Pontes, Bolsonaro também afirmou que o ministro tem trabalhado “na vacina brasileira”, citando o acordo para transferência de tecnologia assinado nesta terça-feira com a AstraZeneca. “Daqui a poucos meses estaremos produzindo em todas as suas etapas a vacina contra o covid”, afirmou o presidente, citando o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello como um dos responsáveis pelas tratativas que começaram o acordo com a farmacêutica.

Bolsonaro voltou ainda a defender o ex-ministro da Saúde, afirmando que sua saída se deu porque Pazuello chegou “no limite” dele, sendo necessário colocar alguém “mais técnico” para assumir a Pasta.

Também nesta quinta-feira, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, considerou que a presença do ex-ministro da Saúde em ato político no Rio de Janeiro no fim de maio não configurou prática de transgressão disciplinar. Assim, ele decidiu arquivar o procedimento administrativo contra o colega.

Ainda no radar, a revista The Economist estampou o Brasil em sua capa pela quarta vez em sua história e enfatizou o papel do governo Bolsonaro sobre a crise atual. “Seus comparsas substituíram funcionários de carreira. Seus decretos têm forçado freios e contrapesos em todos os lugares”, afirma a publicação.

Na capa, aparece a manchete “A década sombria do Brasil” sobre a imagem do Cristo Redentor com uma máscara ligada a um tubo de oxigênio.

A Economist avalia que outros quatro anos sob Bolsonaro poderiam devastar a Amazônia, levando parte da floresta a se transformar em uma savana seca. A revista reconhece que o Brasil vinha passando por problemas políticos e econômicos havia uma década. Mas afirma que, com Bolsonaro como médico, agora está “em coma”.

“Os generais que se juntaram ao seu governo esperavam fazer avançar a agenda do Exército. Em vez disso, prejudicam sua reputação. Eles foram cúmplices na administração incorreta da pandemia por Bolsonaro, que levou a dezenas de milhares de mortes desnecessárias. Eles não conseguiram fazê-lo assinar contratos para aquisição de vacinas ou impedi-lo de cumprimentar apoiadores quando pegou covid-19 no ano passado”, diz a reportagem.

Já no noticiário relativo ao coronavírus no país, a média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 1.882 até esta quinta-feira, queda de 5% em comparação com o patamar de 14 dias antes.

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