Taxas de títulos do Tesouro Direto registram baixa oscilação na tarde desta segunda-feira

Em semana de decisão do Copom, investidores monitoram aumento do número de casos de Covid-19 nos EUA e criação de novo imposto no Brasil

Mariana Zonta d'Ávila

(Rmcarvalho/Getty Images)

SÃO PAULO – Em semana de decisão relacionada ao rumo da taxa básica de juros no Brasil, os prêmios pagos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto operam com baixa oscilação na tarde desta segunda-feira (3).

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A expectativa do mercado refletida no relatório Focus, do Banco Central, é de que a taxa Selic terá um corte residual de 0,25 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que começa nesta terça-feira, para 2% ao ano, patamar que deverá ser mantido ao longo do restante do ano, com alta para 3,00%, em 2021.

Em relatório, o Goldman Sachs destacou hoje que espera um corte adicional de 0,25 ponto percentual da Selic nesta semana. “A inflação abaixo do esperado e expectativas de uma inflação abaixo da meta em 2021 suportam esse corte adicional”, escreveu, em relatório, o economista Alberto Ramos.

O banco espera que a autoridade monetária indique o fim do ciclo de corte de juros e determine que a Selic permaneça neste novo patamar por algum período, sem especificar o tempo de duração.

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Outra possibilidade, segundo o Goldman, é o BC deixar uma porta “levemente aberta” para cortes adicionais, a depender dos dados econômicos, como forma de proteger contra uma inflação que poderá continuar a surpreender para baixo.

Em relação à ata da reunião, o banco destaca que deverá prestar atenção especial às projeções de inflação para o fim de 2021, o que ajudará a calibrar as expectativas para um novo corte dos juros no curto prazo.

Pandemia segue no radar

Entre os demais destaques do dia, investidores monitoram o avanço do número de casos de coronavírus ao redor do mundo, com destaque para os Estados Unidos, em que algumas regiões tiveram que adotar medidas mais restritivas de circulação, colocando em dúvida a velocidade de recuperação da economia americana.

Enquanto as discussões no Congresso americano para a aprovação de um pacote de US$ 1 trilhão em estímulos econômicos continuam, os mercados reagem à notícia de que mais uma vacina contra a Covid-19 chegou à sua terceira fase de testes: a profilaxia da farmacêutica Eli Lilly.

O apetite ao risco no exterior é contido ainda pela tensão entre os EUA e a China. O governo Donald Trump deverá anunciar medidas contra “uma grande variedade” de softwares de propriedade chinesa considerados como riscos à segurança nacional, disse o secretário de Estado dos EUA, Michael Pompeo.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro deu aval para que o ministro da Economia Paulo Guedes discuta a criação de um imposto nos modelos da antiga CPMF. No entanto, alertou que haverá uma substituição tributária.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, o título prefixado com vencimento em 2023 pagava uma taxa de 3,74% ao ano nesta tarde, ante 3,78% a.a.mais cedo. O juro do mesmo papel com vencimento em 2026, por sua vez, cedia de 5,81% para 5,76% ao ano.

Entre os títulos indexados à inflação, o papel com prazo em 2026 pagava uma taxa anual de 2,08%, ante 2,07% de manhã, enquanto o prêmio pago pelo Tesouro IPCA+ com juros semestrais e vencimento em 2055 avançava de 3,66% para 3,67% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira (3):

Fonte: Tesouro Direto

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