Taxas de títulos do Tesouro Direto recuam na tarde desta quinta-feira

Investidores seguem monitorando novos casos de coronavírus e a valorização do dólar

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, viraram para queda na tarde desta quinta-feira (27), após registrarem alta pela manhã, em meio a preocupações com a disseminação do coronavírus.

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Com 505 novos casos da doença confirmados na Coreia do Sul, o país ultrapassou o número diário de infectados na China, de 452 nesta quinta-feira. No mundo, o coronavírus já infectou mais de 81 mil pessoas e causou mais de 2,7 mil mortes.

Refletindo o cenário hostil, o Ibovespa encerrou o último pregão anterior com queda de 7%, aos 105.718 pontos, enquanto o dólar subiu 1,2%, cotado a R$ 4,4434 na compra e R$ 4,4441 na venda.

Hoje, a Bolsa brasileira segue no vermelho, com queda de 0,3% por volta das 16h30, enquanto o dólar subia 0,72%, a R$ 4,4754 na compra e R$ 4,4761 na venda. A moeda americana chegou a bater R$ 4,50 mais cedo — o maior valor nominal da história.

De olho no aumento das tensões, o Banco Central voltou a intervir para conter a alta do dólar e ofertou 20 mil mais cedo contratos de swap cambial, que se somam aos 10 mil vendidos ontem.

No Estados Unidos, o Departamento do Comércio informou nesta manhã que o PIB americano cresceu à taxa anualizada de 2,1% no quarto trimestre de 2019, em linha com a expectativa mediana dos economistas consultados pela Bloomberg. No terceiro trimestre, a economia do país também avançou 2,1%.

Por aqui, novos indicadores domésticos apontam níveis baixos para a inflação e para a demanda por crédito. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da última quadrissemana de fevereiro (até o dia 22) teve alta de 0,17%, ante estimativa de alta de 0,22%.

Já o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) caiu 0,04% em fevereiro na comparação mensal, subindo 6,82% nos 12 meses até fevereiro, ante estimativa de alta de 6,81%.

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No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava 2,65% ao ano, ante 2,69% a.a. na abertura do dia. O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 55,82 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação) ou adquirir o título integralmente por R$ 2.791,36.

Entre os títulos prefixados, o com vencimento em 2023 pagava 5,24% ao ano, ante 5,41% a.a., enquanto o retorno do Tesouro Prefixado 2026 cedia de 6,53% para 6,34% ao ano.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

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Balanço Tesouro Direto

Em janeiro, os resgates superaram as vendas no Tesouro Direto pelo terceiro mês consecutivo, somando um resgate líquido de R$ 958,3 milhões. A maior parte foi movimentada pelos resgates antecipados, que totalizaram R$ 2,3 bilhões. Desde novembro, o programa acumula um resgate líquido de R$ 1,65 bilhão.

No último mês, 9.942 novos investidores se cadastraram no programa, levando o número de investidores ativos, isto é, aqueles atualmente com saldo em aplicações no programa, para 1.211.123. O resultado representa alta de 43,3% nos últimos 12 meses.

Entre os títulos mais demandados pelos investidores no mês passado, o Tesouro Selic ficou em primeiro lugar, com participação de 55,7% nas vendas. Na sequência ficaram os títulos indexados à inflação (30%) e os prefixados, com 14,4% do total.

Com relação ao estoque do programa, este terminou o mês com R$ 59,30 bilhões, uma redução de 0,59% em relação ao mês anterior.