Após virada de rumo, taxas de títulos do Tesouro Direto passam a registrar queda

Dados de atividade dos Estados Unidos, novos casos de coronavírus e dólar estão no radar

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, iniciaram o pregão desta sexta-feira em alta, em meio a novas preocupações com o coronavírus e diante da forte apreciação do dólar em relação ao real.

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À tarde, contudo, houve uma inversão de rumo e os papéis passaram a registrar queda dos prêmios, da mesma forma como a moeda americana passou a cair.

No noticiário do dia, destaque para a divulgação do Índice Gerente de Compras (PMIs, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que sinalizou o enfraquecimento da economia. O PMI composto caiu de 53,3 pontos, em janeiro, para 49,6 pontos, em fevereiro, enquanto o PMI de serviços recuou de 53,4 para 49,4 pontos e o PMI industrial, de 51,9 para 50,8 pontos.

Mais cedo, o foco recaía sobre o coronavírus, dado que a Coreia do Sul informou que já registrou mais de 200 casos da doença no país. O surto também se espalhou para Israel, com o primeiro caso confirmado, e para cinco penitenciárias na China, duas delas na província de Hubei.

No Brasil, investidores têm cautela redobrada por conta do feriado do carnaval. Com o aumento da aversão a risco no exterior e com a Bolsa brasileira fechada para negociações na segunda e na terça-feira, a expectativa é de que muitos operadores zerem posições hoje para não serem pegos de surpresa com o noticiário internacional, sem poder mexer em suas carteiras.

No mercado cambial, o Banco Central divulgou os dados de conta corrente de janeiro, com o registro de déficit de US$ 11,9 bilhões. A expectativa do mercado era de um déficit de US$ 11 bilhões, segundo mediana da Bloomberg. A moeda abriu os negócios novamente em alta, mas inverteu a direção após os dados divulgados nos Estados Unidos.

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No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava um prêmio de 2,53% nesta tarde, ante 2,55% ao ano na abertura do dia. O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 56,23 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação) ou adquirir o título integralmente por R$ 2.811,65.

Os papéis com vencimentos em 2035 e 2045, por sua vez, ofereciam um prêmio anual de 3,24%, ante 3,26% a.a. anteriormente.

A queda nas taxas também era encontrada nos títulos prefixados, caso do Tesouro Prefixado 2023, cujo retorno avançava cedia de 5,25% para 5,23% ao ano. Já o Tesouro Prefixado 2026 pagava 6,25% ao ano, ante 6,28% a.a. mais cedo.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

Entenda tudo sobre Tesouro Direto neste guia completo:

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