Taxas de títulos do Tesouro Direto caem com apostas de corte mais agressivo na Selic

Mercado eleva apostas para cortes mais agressivos na Selic; para o presidente do BC, "ainda há espaço para taxas de juros menores"

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, voltaram a recuar na tarde desta sexta-feira (18).

Na véspera, o mercado começou a embutir apostas, ainda que minoritárias, em um corte de 0,75 ponto percentual da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece nos dias 29 e 30 de outubro.

À rede americana CNBC, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que “ainda há espaço para taxas de juros menores, baseadas em nossas projeções”. Ele apontou que a cada reunião do Copom são consideradas todas as variáveis, no contexto dos cenários externo e interno, sendo que para este último há um foco especial para o desempenho do PIB e da inflação. “Pensamos que precisamos ter taxas de juros estimulativas.”

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No Tesouro Direto, o título com retorno prefixado e vencimento em 2022 oferecia um retorno de 4,89% ao ano, ante 4,93% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 900,70 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 36,02 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

O Tesouro Prefixado com prazo em 2025, por sua vez, oferecia um prêmio anual de 6,10%, ante 6,13% a.a. mais cedo.

Nos títulos indexados ao IPCA, os com prazos em 2035 e 2045 pagavam a inflação mais 3,20% ao ano, a mesma taxa apresentada anteriormente.

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Ainda no ambiente doméstico, a crise que assola o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, segue no radar dos investidores.

Enquanto isso, na cena internacional, mercados digerem PIB levemente abaixo do previsto na China, mas que teve contraponto da produção industrial acima do projetado.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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