Publicidade
Com a Selic nas alturas, muitos investidores podem se perguntar onde o dinheiro rende mais com segurança. As aplicações de renda fixa normalmente aparecem como preferidas por causa da previsibilidade e do retorno sem grandes sustos, mas qual opção entrega mais retorno?
Veja simulação sobre quanto R$ 100 mil renderiam em CDB, LCI e LC, Tesouro Direto e poupança em um e dois anos. Mesmo com características semelhantes, essas opções têm diferenças que impactam diretamente a rentabilidade final – especialmente em aportes mais robustos.
Poupança
A poupança ficou em último lugar no ranking de rentabilidade. Um investimento de R$ 100 mil renderia R$ 108.429,55 líquidos após um ano e R$ 117.569,68 em dois anos. Como vantagem, esse tipo de aplicação é isento de Imposto de Renda.
Leia também: Como funciona a Poupança? Será que ainda vale a pena?
Atualmente, a caderneta paga 0,5% ao mês (ou 6,17% ao ano), mais a variação da Taxa Referencial (TR), que gira em torno de 0,1758% ao ano. Esse modelo de cálculo só muda se a taxa Selic cair abaixo de 8,5% ao ano — nesse cenário, o rendimento passa a ser de 70% da Selic.
Tesouro IPCA+
O Tesouro IPCA+ é um título público que garante rendimento acima da inflação. Em outras palavras, ele protege o poder de compra do investidor ao longo do tempo. Considerando o mesmo valor aplicado, o retorno seria de R$ 109.001,14 líquidos em um ano e R$ 119.573,50 em dois anos – já com desconto do Imposto de Renda.
Continua depois da publicidade
O imposto do Tesouro segue uma tabela regressiva, que varia de acordo com o prazo: 22,5% (até 180 dias); 20% (181 a 360 dias); 17,5% (361 a 720 dias); e, por fim, 15% (acima de 720 dias).
Lembrando que a medida provisória (MP) que muda a tributação dos investimentos em renda fixa altera a regra e estipula uma alíquota única de 17,5% a partir de 2026. O Congresso derrubou a medida, mas o caso foi judicializado. Portanto, pode ser que tenha validade ainda.
Leia também: Tesouro Direto – guia completo para investir em títulos públicos
Continua depois da publicidade
CDB
Os CDBs estão entre os produtos de renda fixa mais populares do país. Eles também seguem a tabela regressiva do IR, como o Tesouro Direto. Aplicando R$ 100 mil em um CDB que paga 100% do CDI, o valor chegaria a R$ 112.292,50 em um ano e R$ 127.217,09 em dois – o maior retorno entre os investimentos analisados.
Leia mais: CDB – guia com o passo a passo para investir
LCI e LCA
As LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras do Crédito do Agronegócio) são, entre os ativos analisados, os que oferecem maior rentabilidade líquida no primeiro ano: R$ 112.665,00. Em dois anos, o retorno seria de R$ 126.934,02, um pouco abaixo do CDB.
Continua depois da publicidade
A simulação considera uma LCI ou LCA com rendimento de 85% do CDI – o equivalente a um CDB de 100% do CDI, mas com a vantagem da isenção de IR. A MP que propõe nova tributação para ativos de renda fixa, no entanto, prevê uma alíquota de 5% para esses títulos, com validade a partir de 2026, caso seja aprovada.
Ativo* | Total com rendimento em 1 ano | Total com rendimento em 2 anos |
Poupança | R$ 108.429,55 | R$ 117.569,68 |
Tesouro IPCA+ | R$ 109.001,14 | R$ 119.573,50 |
CDB 100% do CDI | R$ 112.292,50 | R$ 127.217,09 |
LCI e LCA 85% do CDI | R$ 112.665,00 | R$ 126.934,02 |
Leia também: Guia completo para começar a investir em LCI e LCAs
O que considerar antes de investir
A simulação parte do cenário de uma Selic constante em 15% ao ano – o que, segundo projeções do mercado, dificilmente se manterá no médio prazo.
Continua depois da publicidade
Antes de escolher onde aplicar, vale observar alguns pontos importantes:
- Liquidez: CDBs, LCIs e LCAs normalmente não têm liquidez diária.
- Rentabilidade vs. risco: quanto maior a taxa prometida, maior costuma ser o risco de crédito da instituição emissora.
- Cobertura do FGC: Poupança, CDBs, LCIs e LCAs têm garantia de até R$ 250 mil por CPF e por instituição pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Já os títulos públicos não têm essa proteção, mas são considerados livres de risco de crédito, por serem emitidos pelo Tesouro Nacional.