Bilionário Ray Dalio compartilha a fórmula de 3 passos para qualquer um começar a investir em 2019

Ray Dalio é fundador da Bridgewater Associates, empresa de investimentos que administra um dos maiores fundos de hedge do mundo  

Giovanna Sutto

Publicidade

SÃO PAULO – O ano começou e promete trazer boas oportunidades de investimentos no país. Para quem ainda não investe, pode ser um excelente momento para começar.

Ray Dalio, fundador da Bridgewater Associates, empresa de investimentos que administra um dos maiores fundos de hedge do mundo, separou 3 passos para ajudar qualquer um a começar a investir em 2019.

O bilionário acredita que todas as pessoas podem desenvolver uma estratégia de investimento inteligente seguindo essa fórmula de três etapas. Hoje, a fortuna de Dalio vale cerca de US$ 18 bilhões segundo a Forbes. Vale lembrar que ele fundou a empresa em seu apartamento de dois quartos em Nova York em 1975.

Aula Gratuita

Os Princípios da Riqueza

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, desvenda os segredos dos maiores investidores do mundo nesta aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Se você pretende começar a investir, veja as dicas de Dalio, segundo o site CNBC:

Decida o quanto você quer ter no futuro

“Pergunte a si mesmo: quanto tempo posso viver com as minhas atuais economias sem ter renda? Quantos meses ou quantos anos de liberdade e segurança eu tenho? É suficiente? Quanto você precisaria? E garanta que você tenha mais do que isso”, ele aconselha

Você deve pensar na aposentadoria e no seu futuro. Dalio conta que quando começou a trabalhar, guardou uma quantia suficiente para viver seis meses sem nenhuma renda.

Continua depois da publicidade

“Depois de alguns anos, comecei a pensar nas necessidades de meus filhos ao longo do tempo e defini um número: quanto eu precisaria para viver de renda quando parasse de trabalhar. Eu me organizei para alcançar essa quantia de dinheiro. Eu recomendo que você faça o mesmo”, diz. O InfoMoney já mostrou como fazer isso. Para saber como calcular esse número, clique aqui.

Crie um portfólio diversificado

O próximo passo é decidir o que fazer com esse dinheiro. Manter todo o seu patrimônio em uma conta poupança não é uma decisão inteligente, ressalta Dalio. Com os juros baixos, o retorno da poupança não é vantajoso.

A remuneração da caderneta de poupança é formada pela taxa referencial mais 70% da Selic (que hoje está em 6,50% ao ano). Esta regra de remuneração vale sempre que a taxa básica estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança será atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). E você consegue muito mais dinheiro em outras opções de investimento.

“Essa é a pior opção que você pode escolher”, diz Dalio. Por isso, para evitar que suas economias percam valor, a melhor opção é investir seu dinheiro em um portfólio diversificado de ativos. “Saiba como diversificar em ativos não monetários, como ações, títulos e imóveis”, diz Dalio.

Um portfólio típico pode ser dividido entre títulos do tesouro (50%) e ações ou fundos de ações (50%), por exemplo – mas, ainda, dá para pensar em muito mais opções. “O portfólio deve ser organizado de forma que ganhe nos bons e ruins”, diz Dalio. Seu conselho é espalhar e equilibrar os riscos de diversos tipos de investimentos – que estarão expostos a diferentes riscos, naturalmente.

Dalio deu a dica de como montar um portfólio bem diversificado: 30% para ações, 40% para títulos de renda fixa no longo prazo, 15% para títulos de médio prazo, 7,5% para alguma commoditie (como ouro) e 7,5% para outros.

Claro que isso não é uma regra. O ideal é consultar um profissional especializado, como um assessor de investimentos, para auxiliar você nos primeiros passos.

Para entrar em contato com um assessor e começar a investir, abra uma conta na XP – é de graça!

“Essa diversificação deve se dar bem sob qualquer condição, com a economia crescendo ou encolhendo, com a inflação subindo ou caindo”, diz Dalio.

Aprenda os ciclos do mercado

Para investidores que planejam ser mais ativos em seus investimentos do que apenas comprar e manter uma carteira diversificada, é crucial entender os padrões históricos da economia e do mercado de ações.

“Se você se desviar desse mix equilibrado – o que eu não recomendo, porque o timing do mercado é um jogo difícil para um não-profissional, é preciso saber como lidar com os ciclos”, diz Dalio. “Saiba como comprar quando todo mundo quer vender, e como você vende quando todo mundo quer comprar.”

Por exemplo, após a crise financeira de 2008, os mercados dos EUA se recuperaram da recessão e deram início ao melhor momento do mercado de títulos da história financeira moderna, batendo o mercado pós Segunda Guerra Mundial. Nos 10 anos após o colapso do Lehman Brothers, o índice S&P 500 aumentou em 130%, segundo Dalio.

Consumidores cautelosos em arriscar seu dinheiro para comprar ações após o crash perderam a chance de ganhar grandes retornos. Ao entender os padrões históricos, os investidores podem evitar perder essas oportunidades, explica o bilionário.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.