Ifix tem 11ª sessão seguida de ganhos; FII FCFL11 é destaque de alta

O Ifix – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na B3 – fechou a sessão desta quinta-feira (18) com alta de 0,13%, aos 2.920 pontos. O fundo Campus Faria Lima (FCFL11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 2,55%. Confira os demais destaques de hoje ao longo do Central de FIIs.

O fundo imobiliário Versalhes Recebíveis Imobiliários (VSLH11) se juntou ao XP Properties (XPPR11) e ao Tordesilhas EI (TORD11) na lista dos FIIs mais baratos, de acordo com a edição de agosto do relatório “Quem Tá barato”, da Órama Investimentos.

Segundo a corretora, o levantamento tem como objetivo ajudar o investidor a selecionar melhor os fundos imobiliários em meio ao grande número de carteiras disponíveis no mercado. Atualmente, existem mais de 430 FIIs listados na B3.

O estudo lembra, porém, que a escolha de um fundo imobiliário também precisa levar em consideração a qualidade dos ativos, a experiência do time de gestão e a perspectiva da carteira diante do cenário macroeconômico.

O Tordesilhas EI, por exemplo, que aparece como um FII barato, revelou recentemente problemas de caixas e o cancelamento da distribuição de dividendos em agosto.

As notas do ranking “Quem Tá barato” levam em consideração a taxa de retorno com dividendos (dividend yield) e o P/VPA (preço sobre o valor patrimonial) do fundo. Quanto mais alta a nota, melhor é a relação entre os dividendos pagos pela carteira e o preço da cota negociada na Bolsa, sinaliza o levantamento.

Nos casos do Versalhes Recebíveis Imobiliários, XP Properties e Tordesilhas EI, as notas ficaram próximas ou acima de 2. Confira a lista completa, dividida pelos seis principais tipos de fundos imobiliários.

Maiores altas desta quinta-feira (18):

Maiores baixas desta quinta-feira (18):

Fonte: B3

Imóvel do FII CJCT11 tem valor elevado em 25%; reavaliação do portfólio do XPIN11 aponta queda

A Colliers International do Brasil, empresa de consultoria imobiliária, concluiu a reavaliação do imóvel do FII Cidade Jardim Continental Tower e apontou elevação de 25,24% no valor justo do espaço, localizado em São Paulo (SP).

O empreendimento que leva o mesmo nome do fundo soma 24,7 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) e faz parte do complexo Parque Cidade Jardim, que inclui ainda um shopping center e nove torres residenciais. A taxa de vacância atual do edifício é de 44%, de acordo com relatório gerencial.

Ainda segundo a Colliers International, a reavaliação do imóvel eleva em 24,88% o valor patrimonial da cota do FII Cidade Jardim Continental Tower.

No caso do XP Industrial (XPIN11), a empresa apontou redução de 0,60% no valor justo do portfólio do fundo, composto por sete condomínios logísticos que somam uma ABL de 294 mil metros quadrados.

Dividendos hoje

Confira quais são os oito fundos que distribuem rendimentos nesta quinta-feira (18):

Fonte: InfoMoney. Tickers com final diferente de 11 se referem aos recibos e direitos de subscrição dos fundos.

Giro Imobiliário: vendas nos shoppings crescem 38% no 2º trimestre; FIIs de ‘tijolo’ acumulam valorização média de 6% em agosto e sinalizam retomada

Rali dos FIIs de “tijolo”? Fundos acumulam valorização média de 6% em agosto e sinalizam retomada

Os fundos imobiliários de “tijolo” – que investem diretamente em imóveis – foram os mais prejudicados nos últimos anos pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19. Em agosto, porém, a tão esperada retomada desses FIIs começou a dar sinais, com as carteiras registrando valorização média de 6%. Só o fundo RBR Properties (RBRP11), que investe em galpões logísticos e lajes corporativas, sobe quase 27%

O tema foi um dos destaques da edição desta terça-feira (16) do Liga de FIIs, que tem apresentação de Maria Fernanda Violatti, analista da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, repórter do InfoMoney. O programa contou também com a participação de Felipe Sangalli, gerente de relações com investidores do Bresco Logística (BRCO11).

Na avaliação de Maria Fernanda, um conjunto de fatores explica a recente valorização dos FIIs de “tijolo”, que passa desde a deflação de julho até a sinalização do fim do ciclo de alta da taxa básica de juros da economia nacional a Selic.

No mês passado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou negativo em 0,68%, ao mesmo tempo em que parte do mercado já considera que a Selic – atualmente em 13,75% ao ano – chegou ao topo ou deve ter um aumento residual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em setembro.

“Diante do cenário, a percepção dos investidores talvez seja a de que chegou o momento oportuno para começar a focar mais nos fundos de ‘tijolo’, que estão bastante descontados”, afirma Maria Fernanda.

Com a redução da circulação de pessoas durante a pandemia, alguns FIIs – como os de shoppings e o de escritórios – tiveram a receita reduzida e viram suas cotas perderem valor na Bolsa. A migração de investidores da renda variável para a renda fixa – mais rentável com a alta da Selic – também ajudaram a derrubar os papéis.

De acordo com relatório semanal do Itaú BBA, FIIs de lajes corporativas estão sendo negociados, em média, por 74% do valor patrimonial. Fundos de shoppings e escritórios também negociam entre 91% e 93% do valor justo, como sinaliza o indicador P/VPA médio (preço sobre valor patrimonial) do levantamento.

Vendas nos shoppings crescem 38% no 2º trimestre; fluxo de pessoas aumenta 59%

Os shopping centers registraram um aumento de 38,2% nas vendas no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021 (o auge da segunda onda de Covid-19). Já na comparação com 2019 (período pré-pandemia), as vendas tiveram um crescimento de 4,3%.

Os dados foram divulgados na quarta-feira (17) pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) com base em levantamentos do Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS).

O aumento nas vendas foi impulsionado pela volta do público aos shoppings, pois o aumento no fluxo de pessoas foi ainda maior (de 58,7% na comparação com o segundo trimestre de 2021).

Os brasileiros gastaram em média R$ 126,27 em produtos e serviços nos shoppings entre abril e junho deste ano, praticamente o mesmo valor do primeiro trimestre (R$ 126,09), entre janeiro e março.