Ifix fecha sessão com leve alta; FII CPFF11 sobe 3% e é destaque

O fundo imobiliário Capitânia Reit (CPFF11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 3,03%

Wellington Carvalho

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O Ifix – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na B3 – fechou a sessão desta quarta-feira (21) com alta de 0,04%, aos 2.989 pontos. O fundo Capitânia Reit (CPFF11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 3,03%. Confira os demais destaques de hoje ao longo do Central de FIIs.

Mesmo com o forte desempenho registrado nas últimas semanas, o segmento de FIIs ainda oferece oportunidades, de acordo com relatório da XP, que elenca cinco fundos imobiliários para investir ainda em 2022.

O documento – assinado por Maria Fernanda Violatti, Eduardo Melo, Ygor Altero e Renan Manda, analistas da XP – aponta os FIIs preferidos da corretora nos segmentos de shopping, lajes corporativas, logística, renda urbana e recebíveis.

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“Nossa preferência atualmente está em fundos que possuam portfólio com ativos de qualidade – seja crédito ou imóveis –, menor risco e bom time de gestão”, detalha o estudo.

Tomando como base as premissas, os analistas da XP listaram cinco fundos imobiliários com bons fundamentos e que são oportunidade de investimento ainda em 2022. Confira a lista dos FIIs e os respectivos dividend yields (taxa de retorno com dividendos).

Maiores altas desta quarta-feira (21):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
CPFF11 Capitânia Reit Híbrido 3,03
BCIA11 Bradesco Carteira Imobiliária Títulos e Val. Mob. 2,72
HFOF11 Hedge Top FoF II Títulos e Val. Mob. 2,11
RBRF11 RBR Alpha Títulos e Val. Mob. 1,94
RCRB11 Rio Bravo Renda Corporativa Lajes Corporativas 1,28

Maiores baixas desta quarta-feira (21):

Ticker Nome Setor Variação (%)
RBRP11 RBR Properties Outros -2,99
RBRL11 RBR Log Logística -2,16
RBFF11 Rio Bravo Ifix Títulos e Val. Mob. -1,86
AIEC11 Autonomy Edifícios Lajes Corporativas -1,86
VCJR11 Vectis Juros Real Títulos e Val. Mob. -1,66

Fonte: B3

GGRC11 recebe primeira parcela da venda de imóveis, SDIL11 finaliza obras de galpão em Guarulhos e mais assuntos

GGRC11 recebe primeira parcela da venda de três imóveis para o Zavit Real Estate Fund

O FII GGR Covepi recebeu a primeira parcela referente à venda de três imóveis para o também fundo imobiliário Zavit Real Estate Fund, não listado na B3 e fechado para os investidores em geral.

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A transação teve início no final do mês passado e está avaliada, de acordo com as carteiras, em R$ 110 milhões. Nesta terça-feira (20), o GGRC11 recebeu o montante inicial de R$ 71 milhões, como previa o contrato.

Segundo o cronograma de pagamento, o Zavit Real Estate realizará ainda um depósito de R$ 21 milhões em janeiro de 2023 e, finalmente, uma última parcela de R$ 17,9 milhões no final do ano que vem.

O GGR Covepi negociou imóvel localizado na cidade de Colombo (PR), que está locado para a Drogaria Nissei, e outro em Guarulhos (SP), alugado para a Copobras Indústria e Comércio de Embalagens.

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A carteira também se comprometeu a vender 21% de galpão logístico em Anápolis (GO), atualmente locado para a Companhia Hering.

Pelos cálculos dos gestores do Zavit Real Estate Fund, a compra dos imóveis elevará a distribuição mensal de dividendos em aproximadamente R$ 0,58 por cota.

Do lado do GGR Covepi, a negociação renderá um ganho de capital de R$ 15,1 milhões, montante que representa um retorno de 15,35%. O lucro será distribuído aos cotistas ao longo deste semestre, sinaliza comunicado ao mercado.

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SDIL11 finaliza obras de galpão em Guarulhos e inicia locação do espaço

Em fato relevante, o FII SDI Rio Bravo Renda Logística anunciou o início da vigência do contrato de locação firmado com a Cartint Indústria e Comércio de Tintas, que ocupará galpão em Guarulhos (SP).

A ocupação do espaço estava condicionada à entrega das obras de adequação, que foram entregues nesta terça-feira (20), como sinaliza o comunicado da carteira ao mercado.

No local, segundo os gestores, foram realizados ajustes como elevação do pé direito da parte fabril, construção de mezaninos, da marquise e das novas docas, além da instalação de cabine primária, poços artesianos, rampas de acesso e instalação de combate a incêndio na área de armazenagem.

De acordo com o SDI Rio Bravo Renda Logística, a locação tem prazo de 20 anos e prevê período de carência – sem o recebimento do aluguel – de dois meses.

Após o término da carência, o fundo estima aumento na receita imobiliária de aproximadamente R$ 0,06 por cota.

TRXF11 compra terreno para construção de loja da Obramax no interior paulista

O FII TRX Real Estate concluiu a compra de terreno em Piracicaba (SP) para a construção de loja da Obramax, varejista e atacadista de material de construção, conforme aponta fato relevante divulgado pela carteira.

A aquisição faz parte de contrato assinado pelo fundo com a empresa em maio de 2022, na modalidade Built to Suit – que prevê a construção do imóvel de acordo com as características do futuro inquilino.

O fundo pagou R$ 12,6 milhões pelo terreno no interior de São Paulo e estima um investimento total de aproximadamente R$ 27,5 milhões até a conclusão da obra, prevista para o final de 2022.

O contrato de locação com a BMB Material de Construção – que vai operar a loja com a bandeira Obramax – é de 20 anos e prevê, entre outros pontos, multa em caso de rescisão do vínculo.

O TRX Real Estate tem um portfólio composto por 50 imóveis, localizados em 13 estados. A área bruta locável (ABL) é de 459 mil metros quadrados. No início do mês, o fundo assinou contrato para a aquisição de imóvel que abrigará a primeira loja da Leroy Merlin, em Salvador, na Bahia

No último dia 15, o fundo depositou R$ 0,85 por cota, equivalente a um retorno mensal com dividendos de 0,77%.

Dividendos hoje

Confira quais fundos distribuem rendimentos nesta quarta-feira (21):

Ticker Fundo Rendimento
MORE11 More Real Estate R$ 0,65

Giro imobiliário: taxa de aluguel de FIIs bate 10%; o que deflação e índices globais têm a ver com isso?

As taxas cobradas em operações de aluguel de cotas de fundos imobiliários estão em alta neste ano. No caso dos fundos de “papel”, que investem em ativos de renda fixa ligados ao setor imobiliário e concentram as maiores taxas do mercado, o custo pode chegar a 10% ao ano, aponta levantamento do Trademap, plataforma de informações sobre o mercado financeiro.

Mas não foram os únicos. Alguns fundos de “tijolo”, que investem diretamente em imóveis, também houve avanço significativo – no caso do fundo de shoppings Malls Brasil Plural (MALL11), a variação da taxa de aluguel chegou a quase 20% neste ano.

Alguns fatores ajudam a entender o aumento. Nos FIIs de “papel”, o impacto da deflação registrada nos últimos dois meses – que impulsionou a desvalorização das cotas – é apontado pelo Trademap como uma razão para a maior procura pelo aluguel e o consequente avanço das taxas, que subiram até 15% em 2022.

Especialistas também apontam o rebalanceamento de alguns índices globais de renda variável, realizado nos últimos dias, como outra influência no mercado de empréstimos de cotas.

Dos dez fundos com maior estoque de cotas alugadas, seis são de “papel”– ou de recebíveis, como também são conhecidos. Essa classe investe em títulos de renda fixa atrelados a índices de inflação ou à taxa do CDI (certificado de depósito interbancário).

Segundo levantamento do Trademap, os FIIs de “papel” Maxi Renda (MXRF11), Valora Hedge Fund (VGHF11) e CSHG Recebíveis (HGCR11) encabeçam a lista das maiores taxas de aluguel, ao lado do MALL11. Todos têm um percentual de 10% ao ano. Confira a lista completa. 

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.