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Google passa a pagar dividendos: veja quanto, data de corte e se analistas recomendam

Empresa entrou no clube das big techs pagadoras de proventos, juntando-se às rivais Microsoft e Apple

Leonardo Guimarães

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O fim da última semana foi agitado na Alphabet (GOGL35). A dona do Google divulgou resultado do primeiro trimestre acima do esperado, bateu US$ 2 trilhões em valor de mercado e anunciou a primeira distribuição de dividendos de sua história. 

A empresa tem planos de pagar dividendos regularmente. Mas vale a pena investir no papel pensando somente em dividendos? E, se for para comprar o papel, é melhor investir via BDRs ou na ação diretamente? O InfoMoney procurou analistas que acompanham a empresa para responder essas perguntas. 

De quanto serão os dividendos?

A Alphabet anunciou que irá pagar US$ 0,20 por ação em proventos, além da recompra de mais US$ 70 bilhões em ações.

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Qual a data de corte para garantir os proventos?

O investidor que considera comprar ações da empresa fundada por Larry Page e Sergey Brin por causa dos dividendos precisa se atentar às datas de corte para receber os proventos:

Descubra o passo a passo para viver de dividendos e ter uma renda mensal previsível, começando já nas próximas semanas.

Vale a pena investir pensando nos dividendos? 

Para analistas, vale sim a pena investir na Alphabet, mas não pensando nos dividendos que a empresa paga. Isso porque, assim como acontece com a Nvidia, os proventos são baixos na comparação com outras ações. Os dividendos serão de US$ 0,20 por ação, mas a empresa lucrou US$ 1,89 por ação no primeiro trimestre.

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“[A Alphabet] [e um negócio fabuloso, muito bem posicionado e de baixo custo”, diz Alberto Amparo, Head Ações e Analista CNPI da Suno Research, que pondera: “estão distribuindo pouco lucro”. 

Para Thiago Guedes, diretor de desenvolvimento de negócios da Bridgewise no Brasil, a Alphabet não deverá se tornar uma grande pagadora de dividendos. “Deve seguir com a política de dividendos baixos, mas fazendo aquisições para crescer”, diz. 

A dona do YouTube, do Google e do Gmail concentra a remuneração aos acionistas em recompras de ações, como a de US$ 70 bilhões que anunciou na última semana. A estratégia agrada investidores, que pagam menos impostos nessa modalidade na comparação com dividendos. 

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Para a empresa, porém, distribuir dividendos pode ser mais interessante a depender do momento de mercado. Agora que a Alphabet passou dos US$ 2 trilhões em valor de mercado, a recompra de ações pode ser custosa, o que incentiva a empresa a mudar de estratégia e mesclar com os dividendos na estratégia de remuneração aos acionistas. 

Para Matheus Popst, sócio da Arbor Capital, é improvável que o Google use dividendos como fontes principal de remuneração: “eles devem seguir dedicando a maioria esmagadora do retorno de capital a recompra de ações”. 

BDRs ou ações no exterior? 

Para especialistas, a diferença é pequena e vai depender da situação de cada investidor. “No fim das contas, o retorno é muito parecido”, diz Amparo.

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Ele explica que enquanto os BDRs têm uma taxa de 3% sobre os dividendos cobrada pela B3, o retorno que a ação comprada diretamente nos Estados Unidos dará dependerá do spread que o investidor pagou ao converter seus reais em dólares. “A diferença é pequena, vai pela facilidade que o investidor tem” para investir em BDRs ou na ação nos EUA, segundo Popst. 

É importante lembrar que várias corretoras brasileiras oferecem atualmente conta internacional para investir em ações diretamente nos EUA. O custo dos investimentos lá fora dependerá do spread cobrado por cada uma e das demais taxas envolvidas na negociação.