Gafisa vende terrenos por R$ 200 milhões, cria gestora e dá 1º passo no mercado de fundos imobiliários; Bradesco BBI aprova

Gafisa Capital será nova unidade de negócios com foco na estruturação e atuação no mercado de FIIs para empreendimentos e ativos imobiliários da construtora

Mariana Zonta d'Ávila

(Divulgação)

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SÃO PAULO – A construtora Gafisa (GFSA3) anunciou na terça-feira (3) que aprovou a venda de terrenos no valor agregado de R$ 200 milhões para um novo fundo imobiliário, gerido pela própria empresa, inaugurando sua participação no crescente mercado de FIIs.

Em fato relevante, a Gafisa afirmou que a operação visa reciclar capital próprio investido em terrenos que já estão no balanço da companhia, mantendo, no entanto, a empresa como incorporadora dos projetos.

“Este é o primeiro passo para a Gafisa atuar diretamente no mercado de fundos de investimentos imobiliários e pavimentar o caminho para um novo modelo de atuação imobiliária e financeira”, afirmou a empresa, em comunicado ao mercado.

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Para isso, a companhia anunciou a criação da Gafisa Capital, que será liderada por Ian Andrade. Ele agregará o cargo de CEO da Gafisa Capital às atribuições atuais de diretor financeiro e de relações com investidores.

A Gafisa Capital será uma nova unidade de negócios com foco na estruturação e atuação no mercado de FIIs para empreendimentos e ativos imobiliários da Gafisa.

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Além de reciclar e destravar capital próprio investido em ativos imobiliários que já estão no balanço da companhia, a gestora permitirá à empresa captar recursos para novos terrenos e capturar os benefícios de desintermediação financeira, diz a Gafisa.

Segundo dados da B3, o número de investidores em FIIs na Bolsa era de 1,4 milhão em junho, um aumento da ordem de 20% em 2021.

Avaliação positiva do Bradesco

Em relatório, o Bradesco BBI diz ver o anúncio como positivo no processo de recuperação em andamento da construtora.

“Se for bem-sucedida, a Gafisa Capital pode ajudar a Gafisa a manter seu balanço patrimonial enxuto e, ao mesmo tempo, acelerar os lançamentos em seu segmento de construção residencial tradicional, que consideramos necessário para atender ao desafio de renovar a geração de valor, após as conquistas positivas dos últimos dois anos no balanço patrimonial”, escrevem os analistas.

O banco tem recomendação neutra para os papéis GFSA3 e preço-alvo de R$ 5,50, o que implica potencial de alta de 45,9% em relação ao fechamento de terça-feira (3).

Ontem, os papéis encerraram o pregão com alta de 1,9%, a R$ 3,77.