Gaeco e Polícia Civil desmantelam pirâmide de criptomoedas que prometia 30% ao mês no RJ

Um dos integrantes do esquema é um pastor evangélico que atuava como trader e ostentava ganhos ilícitos com carros e viagens

Lucas Gabriel Marins

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Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil deflagraram na manhã desta quarta-feira (25) uma operação contra uma quadrilha acusada de prática de pirâmide financeira com criptomoedas.

O esquema, segundo o MPRJ, captava dinheiro das vítimas e prometia retornos financeiros de 15% a 30% ao mês por meio de investimentos em criptoativos, algo atípico no mercado de renda variável. Pouco mais de 40 pessoas foram lesadas.

Por meio da operação, batizada de “Príncipe do Bitcoin”, os agentes cumpriram quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão no município de Campos dos Goytacazes, na região Norte do Rio de Janeiro, em endereços de cinco integrantes do grupo.

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Um dos alvos foi o pastor evangélico Fabrício Vasconcelos Nogueira, que captava clientes para o golpe e atuava como trader, investindo ilegalmente o dinheiro das pessoas. Segundo o MPRJ, ele costumava ostentar riqueza, com viagens e trocas constantes de carros, para atrair vítimas.

Também faziam parte da pirâmide financeira Gilson André Braga dos Santos, Ana Claudia Carvalho Contildes, Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes.

De acordo com as denúncias, a quadrilha agia desde o ano de 2016 por meio de uma empresa chamada A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli. Nos últimos cinco anos, esquemas ponzi com criptomoedas causaram perda de R$ 40 bilhões a 4 milhões de brasileiros.

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A 2ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes determinou o bloqueio de valores dos denunciados, até o valor de R$ 1,9 milhão, incluindo criptoativos e moedas estrangeiras.