FIIs de escritório CJCT11, BMLC11 e HGPO11 recebem proposta para venda de imóveis

CJCT11 e BMLC11 discutirão as propostas com cotistas; oferta recebida pelo HGPO11 não alcança o mínimo pedido pela carteira

Wellington Carvalho

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Três fundos imobiliários do segmento de escritórios – um dos mais prejudicados pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19 – receberam nos últimos dias propostas para a venda de imóveis que fazem parte do portfólio das carteiras.

Nesta quinta-feira (15), o FII Cidade Jardim Continental Tower recebeu uma oferta não solicitada para a venda de seis conjuntos da torre 3 do edifício homônimo do fundo, localizado em São Paulo (SP).

Pelos imóveis – que representam uma área bruta locável (ABL) de 5.650 metros quadrados – o fundo receberia R$ 65 milhões, conforme aponta fato relevante divulgado pela carteira.

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De acordo com a oferta, o valor da transação seria pago em duas vezes: 20% do total depositado na assinatura da escritura e o saldo remanescente seria quitado 180 dias depois.

A proposta – que deve ser respondida até o dia 31 de outubro – está condicionada a itens como aprovação dos cotistas do fundo em assembleia geral extraordinária (AGE) e desistência do direito de preferência dos atuais locatários.

A gestão do FII Cidade Jardim Continental Tower diz estar analisando a oferta e convocará em breve uma AGE para discutir o tema.

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Um dia antes, o Pátria Edifícios Corporativos (PATC11) ofereceu R$ 17,4 milhões pelos pavimentos 2 e 15 do Brascan Century Corporate, localizado no Itaim Bibi, em São Paulo (SP). Os imóveis pertencem ao FII BM Brascan Lajes Corporativos (BMLC11).

De acordo com a oferta, o PATC11 pagará o montante da oferta no momento de assinatura do compromisso de compra e venda, desde que superada todas as condições previstas no acordo.

O BMLC11 – que tem 15 dias para responder ao interessado nos imóveis – também vai convocar uma AGE para discutir a venda dos espaços com os cotistas.

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Finalmente, o CSHG Prime Offices (HGPO11) recebeu esta semana uma nova proposta para a venda dos edifícios Metropolitan e Platinum, localizados próximos à avenida Faria Lima, em São Paulo (SP), região considerada nobre para o segmento de lajes corporativas.

A oferta prevê o pagamento de R$ 466 milhões pelos dois imóveis, montante equivalente a R$ 36.983 mil por metro quadrado. O valor, de acordo com a oferta, seria pago à vista.

Pelos cálculos dos gestores, a nova proposta é 3,56% superior às melhores ofertas recebidas pelo fundo durante processo competitivo realizado este ano para a alienação dos espaços.

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No entanto, de acordo com a equipe de gestão do CSHG Prime Offices, o valor ainda é 5,17% abaixo do mínimo definido em assembleia com cotistas para a venda dos imóveis.

Como a nova proposta não chegou ao piso estabelecido pela carteira, o fundo descarta a convocação de uma AGE para discutir o tema.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.