FII de hospital, NSLU11 entra na 2ª prévia do Ifix para setembro; VIUR11 e CACR11 também são novidades

Nova carteira vai vigorar até dezembro; prévia aumenta número de FIIs para 107, mas versão final do Ifix só será conhecida na terceira prévia

Wellington Carvalho

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Em meio a uma série de disputas judiciais, que chegaram a interromper a sua distribuição de dividendos, o FII Hospital Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11) surge como uma das novidades da segunda prévia da nova carteira teórica do Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na B3 – que vai vigorar entre setembro e dezembro de 2022.

A nova composição eleva de 106 para 107 o número de FIIs que compõem o indicador. Vinci Imóveis Urbanos (VIUR11) e Cartesia Recebíveis Imobiliários (CACR11) também são novos FIIs presentes na relação, divulgada nesta terça-feira (16).

Considerando esta segunda versão da próxima carteira do Ifix, deixariam o indicador os fundos SP Downtown (SPTW11) e Campus Faria Lima (FCFL11), FII que passou a integrar o índice em maio de 2022.

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A B3 divulga regularmente três prévias das novas composições dos índices ao longo do último mês de vigência da carteira atual: a primeira sai no primeiro pregão do mês; a segunda prévia, no pregão seguinte ao dia 15; e a terceira prévia, no penúltimo pregão do mês.

Ainda de acordo com a segunda prévia do novo Ifix, o fundo com maior peso no índice, o Kinea Índices Preços (KNIP11), reduziria a participação na carteira teórica de 6,63% para 6,07%. Na sequência dos FIIs com maior peso, aparecem Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), CSHG Logística (HGLG11), Iridium Recebíveis (IRDM11) e Kinea Renda Imobiliária(KNRI11).

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Os embates judiciais do FII NSLU11

Entre abril e junho, o FII Hospital Nossa Senhora de Lourdes suspendeu a distribuição de dividendos por causa de uma dívida de R$ 27 milhões que tinha com a Rede D’Or, locatária de um dos imóveis do fundo.

Em 2016, a inquilina entrou com ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) pedindo a revisão do valor da locação do imóvel onde funciona o hospital homônimo do fundo. O entendimento inicial, em 2019, fixou o aluguel em R$ 1,460 milhão, com uma redução de 16,9% na comparação com o então valor vigente.

Como o parecer era provisório, a Rede D’Or seguiu pagando o valor original do aluguel, previsto no contrato, ao longo do restante da tramitação do processo. Em março de 2022, porém, a decisão foi confirmada e o fundo foi intimado a devolver os valores pagos a mais pela locatária. A restituição foi fixada exatamente em R$ 27 milhões.

Além da retenção dos dividendos entre abril e junho, o fundo também realizou uma nova oferta de cotas para captar recursos e pagar a dívida, que foi quitada no mês passado.

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Na semana passada, foi a vez de o fundo iniciar uma ação judicial contra a Rede D’Or, agora para cobrar R$ 5,2 milhões da locatária. O montante é resultado de processo anterior em que a Justiça determinou que a empresa revelasse o faturamento bruto do hospital entre agosto de 2016 e maio de 2017.

Pelo contrato, a Rede D’Or teria a obrigação de efetuar o pagamento do aluguel mensal fixo ou de um aluguel variável, correspondente a 8% do faturamento bruto mensal – eventualmente somando um valor maior do que o pago ao fundo nos últimos anos.

Em fato relevante divulgado nesta terça-feira (9), o FII Nossa Senhora de Lourdes explicou que o dispositivo no contrato não teria sido observado e, por isso, o fundo deixou de receber R$ 5,2 milhões da Rede D’Or. No início do mês, o fundo depositou R$ 0,45 por cota, equivalente a um retorno mensal com dividendos de 0,28%.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.