CPI aprova quebra de sigilos bancário e fiscal de ex-jogador Ronaldinho Gaúcho

Ex-atleta é acusado de participar da 18k Ronaldinho, um esquema que prometia lucro de 400% ao ano

Lucas Gabriel Marins

Brasília (DF) 31/08/2023 Depoimento na CPI da Câmara das Pirâmides Financeiras do Ronaldo Assis Moura (ex-jogador Ronaldinho Gaúcho), fundador e sócio-proprietário da empresa 18K Ronaldinho. Foto Lula Marques/ Agência Brasil

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das pirâmides financeiras aprovou na quarta-feira (27) a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e de seu irmão, Roberto de Assis Moreira.

Os dois são acusados de promover a 18k Ronaldinho, um suposto esquema de pirâmide que prometia falsos rendimentos fixos de até 400% ao ano com ativos digitais, não pagou e deixou vítimas no Brasil inteiro.

O requerimento, feito pelo deputado federal Ricardo Silva (PSD-SP), pede que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) encaminhe os relatórios de inteligência financeira com as movimentações de ambos para a comissão.

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Tanto o ex-atleta como seu irmão negaram participação no esquema em audiências realizadas na CPI no mês passado. O ex-jogador, no entanto, aparece em diversas propagandas recomendando a 18k.

Ontem, os parlamentares também aprovaram a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Marcelo Lara Marcelino, cofundador da 18k, e de outros integrantes e parceiros da empresa.

Além disso, requereram a convocação de pessoas ligadas à agência de viagens 123Milhas — que suspendeu em agosto as vendas e as emissões de bilhetes de passagens promocionais — , bem como informações sobre companhias áreas.

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CPI das Pirâmides

A CPI das pirâmides financeiras foi instalada em junho deste ano com objetivo de investigar esquemas que utilizam criptomoedas como isca para atrair vítimas. O presidente é o deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).

Além da 18k, os parlamentarem também apuram informações sobre outros casos que geraram perdas financeiras para brasileiros, como a Atlas Quantum, acusada de rombo de R$ 7 bilhões, e a Genbit, que enganou 45 mil pessoas, segundo o Ministério Público de São Paulo.

Lucas Gabriel Marins

Jornalista colaborador do InfoMoney