Influenciado pelo nervosismo do mercado, fundos imobiliários têm forte queda de 0,72%

Foi a 4ª sessão seguida de perdas do Ifix, que acumula queda de 2,41% em fevereiro

Wellington Carvalho

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No dia marcado pela ofensiva militar da Rússia na Ucrânia, a tensão do mercado contaminou os fundos imobiliários que emendaram a 4ª sessão seguida de perdas. Nesta quinta-feira (24), o IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou em queda de 0,72%, aos 2.709 pontos. Confira os destaques do dia ao longo do Central de FIIs.

Nesta quarta-feira (23), os gestores do CSHG Prime Offices (HGPO11) receberam pedido para discutir a venda do patrimônio da carteira e, posteriormente, a extinção do fundo, administrado pela Credit Suisse.

A solicitação partiu de investidores detentores de mais de 5% das cotas. O grupo quer a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para debater o assunto.

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Atualmente, o portfólio do CSHG Prime Offices é formado pelos edifícios Metropolitan e Platinum, ambos em São Paulo (SP), que somam uma área bruta locável (ABL) de 12 mil metros quadrados. De acordo com o último relatório gerencial, o patrimônio líquido da carteira é de R$ 469 milhões.

Pela solicitação, os cotistas defendem a venda dos imóveis pelo preço mínimo de R$ 490 milhões, valor equivalente a R$ 39 mil o metro quadrado, que deverá ser corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até a data da alienação.

Os cotistas também defendem a contratação da CBRE Consultoria para auxiliar na venda dos espaços, que deve ser concluída em até quatro meses.

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Em fato relevante, a administração do CSHG Prime Offices confirmou que a AGE será realizada nos termos da regulamentação do fundo.

No mês passado, a Capitânia Investimentos, que possui mais de 44% das cotas do Pátria Edifícios (PATC11), defendeu a alienação do patrimônio e a liquidação do fundo. A gestora chegou a realizar uma Oferta Pública de Aquisição de Cotas (OPAC), mas só conseguiu adquirir 725 cotas em leilão realizado no dia 24 de janeiro.

Maiores altas desta quinta-feira (24):

Ticker Nome Setor Variação (%)
RCRB11 Rio Bravo Renda Corporativa Lajes Corporativas 1,4
BCIA11 Bradesco Carteira Imobiliaria Títulos e Val. Mob. 1,37
MGFF11 MOGNO Títulos e Val. Mob. 1,28
KNCR11 Kinea Rendimentos Imobiliarios Títulos e Val. Mob. 1,04
BTCR11 BTG Pactual Credito Imobiliario Títulos e Val. Mob. 0,73

Maiores baixas desta quinta-feira (24):

Ticker Nome Setor Variação (%)
BLMR11 Bluemacaw Renda+ FOF Títulos e Val. Mob. -3,61
XPCI11 XP Credito Imobiliario Outros -2,69
ALZR11 Alianza Trust Renda Logística -2,56
FIGS11 General Shopping Shoppings -2,41
RBRP11 RBR Properties Outros -2,3

Fonte: B3

Mudanças na 3ª emissão do Riza Terrax e locatário ameaça deixar imóvel do Bresco

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

Após reajuste de 18%, locatário ameaça deixar imóvel do Bresco Logística (BRCO11)

Em fato relevante divulgado nesta quinta-feira (24), o Bresco Logística informou que a Companhia Brasileira de Distribuição, que ocupa a o imóvel GPA CD06, em São Paulo (SP), sinalizou deixar o espaço.

No documento, o fundo destacou que havia prorrogado o prazo de locação com a empresa até maio de 2027, conforme prevê o contrato assinado em 2016.

O Bresco também destacou que, seguindo o contrato, reajustou o aluguel do centro de distribuição em 18%. O novo valor será de R$ 40,05 por metro quadrado, totalizando um valor mensal de R$ 2,15 milhões, a partir de 13 de maio de 2022.

Em meio às mudanças, a Companhia Brasileira de Distribuição informou, verbalmente, a intenção de desocupar o imóvel antes do término do vínculo.

Caso o locatário formalize a decisão de deixar o espaço, o fundo promete tomar as medidas necessárias para garantir o cumprimento do aviso prévio mínimo de 12 meses para a desocupação, assim como o recebimento da indenização equivalente a seis meses de aluguel.

Riza Terrax (RZTR11) altera novamente preço das cotas da 3ª emissão do fundo

O fundo Riza Terrax anunciou novas mudanças na 3ª emissão de cotas, divulgada no início de fevereiro, e que pretende captar até R$ 288 milhões.

De acordo com o fato relevante original, o preço unitário de emissão havia sido estipulado em R$ 105,76. Dias depois, o Riza decidiu excluir a taxa de distribuição, que seria custeada pelo próprio fundo. Com a medida, o preço para subscrição passou para R$ 101,57.

Agora, os gestores elevaram o preço unitário da 3ª emissão para R$ 103,24, considerando uma taxa de distribuição de R$ 4,09. Na Bolsa, o papel está sendo negociado na casa dos R$ 100,00.

Os atuais cotistas terão direito de preferência na proporção de 26%. Quem não tiver interesse na oferta, poderá negociar o direito, prevê o comunicado.

Dividendos de hoje

Confira quais são os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta quinta-feira (24):

Ticker Fundo Rendimento
ERCR11 Estoque Residencial E Comercial Rj Fdo Inv Imob  R$  977,18
CCRF11 Canvas CRI  R$      1,35
MORC11 More CRI  R$      1,11
EQIR11 EQI CRI  R$      1,05
EXES15 Exes CRI  R$      0,81
EXES14 Exes CRI  R$      0,81
EXES13 Exes CRI  R$      0,81
BTAL11 BTG Pactual Agro Logística  R$      0,80
CNES11 Cenesp  R$      0,13
RNOV12 Immob I  R$      0,01
IMMO13 Immob II  R$      0,01
FMOB11 Immob IIi  R$      0,01

Fonte: InfoMoney

Giro Imobiliário: como investir em REITs, fundos imobiliários dos Estados Unidos? Especialistas apontam as vantagens

Conhecidos como os fundos imobiliários dos Estados Unidos, os Real Estate Investment Trusts (REITs) estão cada vez mais acessíveis aos investidores brasileiros, especialmente aqueles interessados não só na recorrência dos dividendos, mas principalmente em ganhos de capital.

O assunto foi destaque do Liga de FIIs desta terça-feira (22), que teve apresentação de Maria Fernanda Violatti, analista da XP, Tiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, repórter do InfoMoney. O programa contou também com a participação de Camila Pacheco, analista de produtos listados da XP, que falou sobre a estreia na B3 do Exchange Traded Fund (ETF) Trend FTSE US REITs (URET11), focado exatamente no segmento de REITs.

De acordo com Camila, os REITs surgiram nos Estados Unidos na década de 1960 e inspiraram a criação dos fundos imobiliários no Brasil. Atualmente, os dois produtos têm muitas semelhanças, sendo a principal a exploração de imóveis para obtenção de renda.

O mercado de REITs, porém, se mostra muito mais consolidado. Hoje, o segmento soma US$ 1,6 trilhão lá, volume muito superior ao da indústria de fundos imobiliários aqui, de R$ 176 bilhões.

A grande diversificação de segmentos também é um dos atrativos dos REITs, que inclui a exploração de espaços como data centers, espaços para instalação de antenas, áreas de florestamento, entre outros, como aponta o FTSE Nareit All Equity REITs (FNER), principal índice de REITs nos Estados Unidos.

Atualmente, o acesso aos REITs está bem mais simples para o brasileiro. Além de fundos de investimentos, o investidor pode abrir uma conta em uma corretora no exterior e investir diretamente no produto. Também é possível investir no segmento por meio de Brazilian Depositary Receipts (BDR) ou ETFs.

“ETF é a forma mais fácil de investir em REITs porque você tem uma ampla diversificação”, destaca Camila, que lembra ainda da questão de praticidade, de reunir todos os investimentos em um único local.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.