Fundos imobiliários acompanham mercado e fecham sessão em queda de 0,20%

Retorno foi impulsionado por distribuição adicional que o fundo realiza no final dos semestres

Wellington Carvalho

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O IFIX – Índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta quarta-feira (02) em queda de 0,20%, aos 2.771 pontos. O destaque do dia foi o KILIMA, com elevação de 3,1%. Confira outros destaques do dia ao longo do Central de FIIs.

Os cotistas do CSHG Real Estate (HGRE11) não têm do que reclamar do início de 2022, pelo menos em relação aos dividendos recebidos em janeiro. O fundo liderou a lista dos maiores pagadores no mês passado.

No dia 14 de janeiro, o CSHG depositou R$ 2,75 por cota, o equivalente a 2,06%. O índice foi o mais alto entre os fundos que compõem o Ifix, de acordo com dados da Economatica, plataforma de informações financeiras.

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Confira quais fundos imobiliários foram os melhores pagadores de dividendos em janeiro:

Ticker Fundo Segmento Taxa de retorno com dividendos em janeiro (% ao mês)
HGRE11 CSHG Real Estate Lajes Corporativas 2,06
VGHF11 Valora Hedge Fund Títulos e Val. Mob. 1,83
ARCT11 Riza Arctium Real Estate Híbrido 1,62
VGIP11 Valora Cri Outros 1,62
VCJR11 Vectis Juros Real Títulos e Val. Mob. 1,59
URPR11 Urca Prime Renda Outros 1,47
KNSC11 Kinea Securities Títulos e Val. Mob. 1,46
RECR11 REC Recebíveis Títulos e Val. Mob. 1,46
KNIP11 Kinea Índices de Preços Títulos e Val. Mob. 1,45
RZAK11 Riza Akin Títulos e Val. Mob. 1,40

Fonte: Economatica

O CSHG Real Estate está na carteira recomendada de fevereiro da Órama Investimentos, que chama atenção para a distribuição não recorrente do fundo.

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“Observamos uma linearização de dividendos intra-semestre, com a entrega de resultados adicionais ao fechamento de cada semestre”, detalha o documento.

Para fevereiro, por exemplo, o CSHG Real Estate anunciou a distribuição de R$ 0,69 por cota, o que representa um retorno com dividendos de 0,52% no período, bem menor que o de janeiro.

Gerido pelo Credit Suisse e focado em lajes corporativas, o portfólio do CSHG Real Estate conta com 19 imóveis localizados em sua maioria na cidade de São Paulo (SP), região considerada nobre para o segmento.

De acordo com a Órama, o fundo está reformulando a carteira com a venda de imóveis fora da capital paulista, com participação minoritária ou que tenham apenas um locatário. A corretora afirma que a estratégia vem gerando ganho de capital adicional para o fundo.

Maiores altas desta quarta-feira (2):

Ticker Nome Setor Variação (%)
KISU11 KILIMA Títulos e Val. Mob. 3,1
BLMG11 Bluemacaw Logística Logística 2,97
RVBI11 VBI Reits Títulos e Val. Mob. 2,51
HSAF11  HSI Ativos Financeiros Títulos e Val. Mob. 1,89
VIFI11 Vinci Instrumentos Financeiros Títulos e Val. Mob. 1,34

Maiores baixas desta quarta-feira (2):

Ticker Nome Setor Variação (%)
BZLI11 Brazil Realty Títulos e Val. Mob. -2,85
XPML11 XP Malls Shoppings -2,54
SARE11 Santander Renda Híbrido -2,11
URPR11 Urca Prime Renda Outros -1,95
FEXC11 BTG Pactual Fundo de CRI Títulos e Val. Mob. -1,65

Fonte: B3

Mogno e BTG Logística redefinem condições de negócio, HBC fecha contrato de locação com a Bluefit e mais assuntos

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

Mogno Logística (MGLG11) e BTG Logística (BTLG11) redefinem novamente pagamento de acordo entre os fundos

Os fundos Mogno Logística e BTG Pactual Logística voltaram a revisar as condições para o pagamento da última parcela da negociação que envolveu quatro imóveis no ano passado.

Em maio de 2021, o BTG Logística vendeu para o Mogno os imóveis Itambé São Paulo, Supermarket Rio de Janeiro, Magna Vinhedo e Ceratti Vinhedo.

Os espaços foram negociados por R$ 168 milhões, montante que seria pago em três parcelas. O último pagamento, de R$ 42 milhões, estava previsto para o início de 2022.

No mês passado, os fundos assinaram aditivo no contrato que autorizava o desmembramento da última parcela do acordo. Pelo acerto, o Mogno pagaria R$ 30 milhões até o dia 31 de janeiro.

Em novo aditivo, divulgado nesta terça-feira (1), as carteiras transferiram a data do pagamento da última parcela para 15 de março de 2022. O restante da dívida deverá ser quitado no segundo semestre deste ano, corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Inicialmente, o BTG Logística previa que a venda dos quatro imóveis elevaria a receita do fundo em aproximadamente R$ 4,88 por cota.

HBC (HBCR11) fecha contrato de locação com a Bluefit

O fundo HBC Renda Urbana assinou contrato de locação com a Shift Fitness Academias de Ginástica, a Bluefit, para a locação de espaço de 1.158 metros quadrados no Jardim Goiás, em Goiânia (GO).

O contrato tem duração de 128 meses e o novo locatário pagará ao fundo um aluguel escalonado com valor médio mensal entre R$ 35 mil, no primeiro ano, e R$ 65 mil, no final do vínculo.

O acordo prevê obras de adequação que terão inicialmente um custo de R$ 1,3 milhão. O trabalho deverá ser concluído até novembro de 2022.

Pelos cálculos do fundo, a nova locação aumentará as receitas da carteira em aproximadamente R$ 0,66 por cota no primeiro ano, R$1,06 no segundo ano, R$1,16 no segundo ano, R$1,26 no quarto ano e R$1,34 ao ano por cota a partir do quinto ano.

O centro comercial que receberá a Bluefit já estava parcialmente locado para a Iguasport, mais conhecida como Decathlon, empresa do ramo de artigos esportivos.

Caixa SEQ (CXTL11) recebe proposta de R$ 10 milhões por imóvel em Itapevi

O fundo Caixa SEQ Logística recebeu nova proposta para a venda do imóvel localizado na Avenida Portugal, em Itapevi (SP). Desta vez, o interessado é a empresa NS Alimentos, com uma oferta de R$ 10 milhões, em 12 parcelas.

Em comunicado ao mercado, o Caixa SEQ informa estar avaliando os demais aspectos da proposta recebida e, se for o caso, deve realizar a convocação de Assembleia Geral para decidir, com os cotistas, o futuro do negócio.

Com 676 cotistas, o fundo administrado pela Caixa Econômica Federal atua na aquisição de imóveis do segmento logísticos para ganho de capital em vendas futuras ou renda com locação.

Além do espaço de 6,6 mil metros quadrados em Itapevi, o fundo conta ainda com outros dois ativos em Duque de Caxias e Macaé, ambos no Estado do Rio de Janeiro.

No final de 2021, a reavaliação anual dos imóveis do Caixa Seq apontou aumento de 9,75% no patrimônio líquido do fundo. O valor dos espaços foi estimado em R$ 37 milhões. Juntos, os espaços somam uma área bruta locável (ABL) de 19,5 mil metros quadrados.

O centro operacional de Duque de Caxias (RJ) foi o destaque positivo da reavaliação, com variação de 32%. Os galpões logísticos de Macaé (RJ) e Itapevi (SP) tiveram queda de 2% a 6% no valor contábil.

O relatório gerencial divulgado em janeiro pelo Caixa Seq apontava que o fundo registra uma taxa de vacância de mais de 60%.

Giro imobiliário: Ranking InfoMoney-Ibmec premia melhores FIIs; dividendos prometidos e não depositados entram no IR

Dividendos e rendimentos prometidos, mas não depositados em 2021, precisam ser declarados no Imposto de Renda

Investidores da Bolsa precisam ficar atentos a um ajuste necessário na declaração de Imposto de Renda ao receber dividendos ou rendimentos.

Na virada de um ano para outro, pode acontecer de os dividendos ou rendimentos dos investimentos serem informados para a Receita Federal pelas empresas pagadoras, mas ainda não terem sido depositados na conta do investidor.

Algumas empresas pagadoras de Juros Sobre Capital Próprio (JCP), rendimentos de fundos imobiliários (FIIs) ou dividendos de ações informam a Receita sobre os pagamentos que farão aos seus acionistas, mas não depositam os valores na conta do investidor dentro do mesmo mês.

Em busca de resultado, melhores fundos imobiliários do ranking InfoMoney-Ibmec fogem de segmentos, regiões e projetos triviais

Acreditar nas tendências de longo prazo, oferecer um produto diferenciado e buscar sempre algo a mais são algumas das estratégias que fizeram a diferença para os melhores fundos imobiliários na edição 2022 do ranking InfoMoney-Ibmec.

O prêmio reconheceu os fundos imobiliários que ofereceram os melhores resultados aos investidores nos últimos três anos. Os FIIs foram analisados de acordo com uma série de critérios de retorno e risco. Os vencedores foram Hectare CE (HCTR11), na categoria Fundo de “Papel”; o VBI FoF (RVBI11), na categoria Fundo de Fundos; e o Vinci Offices (VINO11), na categoria Fundo de “Tijolo”.

Para Leandro Bousquet, head de Real Estate da Vinci, a escolha de um fundo de lajes corporativas – um dos segmentos que mais sofreram nos últimos anos – como destaque entre os fundos de “tijolo” reforça a importância do reconhecimento.

O gestor atribui o desempenho dos últimos três anos às “apostas” que o fundo fez em tendências de longo prazo que já têm se mostrado vitoriosas atualmente.

“Ao contrário da maioria dos fundos de escritórios, focamos na aquisição de prédios inteiros, e não somente em lajes”, explica. “Isso nos deu um maior controle sobre a gestão dos prédios que, na pandemia, se mostrou crucial para manutenção do desempenho do fundo”, relembra.

Os premiados do ranking InfoMoney-Ibmec foram conhecidos no último painel do Onde Investir 2022, evento online realizado pelo InfoMoney. Além de Bousquet, participaram do debate desta terça-feira (1) Eduardo Malheiros, sócio-diretor da Hectare e Ricardo Vieira, head de fundos de fundos da VBI.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.