Central de FIIs: Ifix devolve ganhos ao longo do dia e fecha sessão estável

Confira as informações que influenciam na indústria dos fundos imobiliários hoje

Wellington Carvalho

(IR_Stone/ Getty Images)

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O IFIX – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – operou boa parte desta segunda-feira (13) no campo positivo, mas devolveu os ganhos no final da sessão. O indicador fechou o pregão estável, aos 2.673 pontos. Na sessão anterior, o índice havia fechado com alta de 0,18%. No mês, o indicador tem ganhos de 3,70% e, em 2021, o Ifix ainda acumula queda de 6,83%.

A semana começou com divulgação das novas projeções econômicas do mercado financeiro consolidadas no Boletim Focus, do Banco Central, o primeiro depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 9,25% ao ano.

O mercado financeiro reduziu a projeção para IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) pela primeira vez em 35 semanas. Agora, as projeções apontam para inflação de 10,05% em 2021, abaixo da alta de 10,18% esperada anteriormente (Leia mais ao longo do Central de FIIs).

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Os investidores também monitoraram o fundo Vinci Logística, que passou a ser recomendado pelo Banco Safra. Segundo relatório da instituição financeira, divulgado na sexta-feira (10), o fundo tem sido negociado com desconto de quase 19%, acima da média do segmento, que é de 11,5%.

De acordo com a análise do Safra, o fundo conta com um portfólio de galpões de alta qualidade e bem diversificado. Ao todo, são 16 imóveis em sete Estados, que totalizam uma área bruta locável (ABL) de 600 mil metros quadrados. Entre os principais locatários do Vinci Logística (VILG11) atualmente estão grandes empresas como Tok&Stok, Magazine Luiza, Ambev e L’Oreal.

Além disso, lembra o documento, o Vinci Logística está pagando rendimentos considerados atrativos, equivalentes a 8,4% ao ano, o que indicaria um bom ponto de entrada.

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Mesmo com a recomendação de um fundo do segmento de logística, o Safra reforça que mantêm no radar os FIIs de recebíveis, que respondem atualmente por 40% da carteira recomendada de fundos imobiliários do banco.

Maiores altas desta segunda-feira (13):

Ticker Nome Setor Variação (%)
FIGS11 General Shopping Shoppings 3,4
SARE11 Santander Renda Híbrido 2,46
XPCM11 XP Corporate Macaé Lajes Corporativas 2,37
RBFF11 Rio Bravo Ifix Títulos e Val. Mob. 2,32
VCJR11 Vectis Juros Real Títulos e Val. Mob. 2,25

Maiores baixas desta segunda-feira (13):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
FIIB11 Industrial do Brasil Híbrido -2,26
BRCO11 BRESCO Logística Logística -2,21
BLMR11 Bluemacaw Renda+ FOF Títulos e Val. Mob. -2,07
XPLG11 XP Log Logística -1,84
RBED11 Rio Bravo Renda Educacional Outros -1,82

Fonte: B3

Fundo da BlueMacaw desiste de oferta, Vectis Juros Real quer captar R$ 250 milhões e mais

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

Fundo da BlueMacaw (BLMR11) desiste de nova emissão de cotas

O fundo BlueMacaw Renda + FoF cancelou realização de sua terceira emissão de cotas anunciada em agosto e que previa a captação de quase R$ 100 milhões.

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De acordo com fato relevante divulgado sexta-feira (10), a medida foi adotada em função da atual conjuntura do mercado financeiro e do cenário econômico nacional e global. O ambiente, segundo o comunicado, tem se caracterizado pela expressiva volatilidade e pela mudança de patamar dos preços, que refletem inclusive nos ativos imobiliários.

“O administrador BRL Trust, conforme recomendação do gestor, BlueMacaw, concluiu que seria melhor para o interesse dos cotistas não prosseguir com a oferta”, pontua o comunicado.

O início do direito à preferência na oferta estava previsto para o dia 24 de janeiro e, por isso, não há pedidos de reserva ou ordens de investimentos para serem cancelados.

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Vectis Juros Real (VCJR11) quer captar R$ 250 milhões em nova oferta

O fundo Vectis Juros Real aprovou a realização de sua terceira emissão de cotas que, inicialmente, espera captar R$ 250 milhões. O fundo do tipo “papel” investe em CRIs (certificados de recebíveis imobiliários) e outros títulos do setor.

De acordo com a administradora, a Intrag, o preço unitário das novas cotas será de R$ 96,15. Na sessão de sexta-feira (10), o fundo foi negociado na Bolsa por R$ 96,72, com alta de 1,42%.

A oferta não prevê direito de preferência aos atuais cotistas, que somam 7.486, de acordo com o último relatório gerencial do fundo. O portfólio do Vectis Juros Real atualmente está 93% indexado ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O retorno com dividendos anualizado é de 19%.

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FII Votorantim BII BTS reverte na Justiça decisão que favorecia Correios

Em mais uma etapa da disputa judicial contra a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, o Votorantim BII BTS ajuizou ação pedindo cancelamento da ordem que suspendeu liminar que o beneficiava. O fundo obteve êxito na apelação.

No mês passado, a Justiça suspendeu decisão que favorecia o fundo em ação do antigo inquilino, que cobrava duas multas totalizando R$ 24 milhões.

Em março de 2021, a empresa, locatária do Centro Logístico Contagem, em Minas Gerais, reclamava de atrasos na entrega e existência de não conformidades em obras realizadas no imóvel, de 172 mil metros quadrados.

Na oportunidade, a companhia solicitou o depósito do recurso em um prazo de até cinco dias úteis, sob pena de desconto do valor nos próximos aluguéis. O fundo ajuizou ação na 6ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal e conseguiu evitar o pagamento provisoriamente. A liminar que havia sido suspensa em novembro volta a ter efeito com a decisão mais recente da Justiça. Atualmente, os Correios pagam R$ 2,3 milhões mensais pelo espaço.

Hoje, o beneficiário do aluguel é o Rio Bravo Renda Logística (SDIL11), que adquiriu o imóvel em abril por R$ 350 milhões. Se o desconto da locação voltar a ser permitido, o Rio Bravo poderá abater o prejuízo nas parcelas de aquisição do imóvel.

CSHG Logístico (HGLG11) faz nova reavaliação de imóveis

O Credit Suisse realizou reavaliação de mais um imóvel que compõe a carteira do fundo CSHG Logístico. No início do mês, estudo anterior já havia reavaliado os demais imóveis da carteira, apontando variação positiva de 0,91% no valor patrimonial da cota.

O novo laudo, realizado pela Cushman & Wakefield, indicou elevação de 0,53%, que se junta ao índice apontado na primeira reavaliação. Os percentuais tomam como base o fechamento do dia 30 de novembro de 2021.

O portfólio do CSHG é composto por 17 imóveis logísticos que somam uma área bruta locável (ABL) de 870 mil metros quadrados.

O Credit Suisse já havia realizado a avaliação anual dos imóveis de outros fundos que administra. O destaque ficou para os ativos do CSHG Prime Offices (HGPO11), que tiveram o valor elevado em 12,31% na comparação com o valor contábil dos ativos. O reajuste representa um impacto positivo de 11,67% no valor patrimonial da cota do fundo.

Dividendos de hoje

Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta segunda-feira (13):

Ticker Fundo Rendimento (R$)
KNHY11 Kinea High Yield R$ 1,51
KNIP11 Kinea Índice de Preços R$ 1,50
VCJR11 Vectis Juros Real R$ 1,45
KNSC11 Kinea Securities R$ 1,40
RRCI11 RB Capital R$ 0,92
KNCR11 Kinea Rendimentos Imobiliários R$ 0,65
RMAI11 REAG Multi Ativos R$ 0,43

Fonte: InfoMoney

Giro imobiliário: lançamentos imobiliários crescem 35%; inaugurações de lojas em shoppings avançam e mais

Mercado financeiro reduz projeção para IPCA pela primeira vez em 35 semanas

Pela primeira vez desde março o mercado financeiro revisou para baixo suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021. As estimativas para o indicador vinham sendo continuadamente elevadas e por 35 semanas apresentavam alta.

Agora, as projeções apontam para inflação de 10,05% em 2021, abaixo da alta de 10,18% esperada anteriormente. Antes da primeira elevação, em 2 de abril, as estimativas apontavam para inflação de 4,81% em 2021.

Para 2022, as expectativas foram mantidas, em alta de 5,02% do IPCA. Os dados constam no relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (13).

Leia mais: 

Número de lançamentos imobiliários aumenta 35% no acumulado do ano

Indicador Abrainc-Fipe, da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, aponta o lançamento de 95.342 unidades residenciais entre janeiro e setembro, aumento de 35,3% na comparação com o mesmo período de 2020.

Quando avaliado somente o terceiro trimestre de 2021, o número de unidades lançadas foi de 34.528 imóveis, o que mostra um crescimento de 5,9% sobre igual intervalo anterior. Já nos últimos 12 meses, encerrados em setembro de 2021, o número de novas unidades lançadas foi de 145.962, aumento de 33,4% ante o período precedente.

Em relação às vendas, foram comercializadas 108.909 unidades entre janeiro e setembro deste ano, número que representa uma alta de 10,9% na comparação com os nove primeiros meses de 2020.

No terceiro trimestre de 2021, 34.557 unidades foram vendidas, sinalizando um recuo de 11,5% em relação ao volume transacionado no mesmo período do ano passado.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, encerrados em setembro de 2021, as 149.292 unidades comercializadas pelas incorporadoras contribuíram para um acréscimo de 16,8% nas vendas sobre o intervalo anterior.

Os resultados sobre as vendas líquidas, que exclui as unidades distratadas no mesmo período, são mistos: queda de 11,5% no último trimestre, e altas de 13,1% no acumulado do ano e de 19,4% nos últimos 12 meses.

Inaugurações de lojas aumentam 26% nos shoppings

A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) aponta que a abertura de novas lojas nos complexos comerciais aumentou 26% entre os segundo e terceiro trimestres. Entre julho e agosto, foram inaugurados 1.221 espaços contra 969 do trimestre anterior.

De acordo com a Abrasce, o resultado é o mais alto desde o registrado no quarto trimestre de 2020, quando o volume de novas lojas foi de 1.297, influenciado pela Black Friday e pelo Natal.

No período, os segmentos que mais se destacaram em termos de expansão foram: alimentação e bebidas, que reuniu 23% das marcas, vestuário (21%), artigos para o lar, decoração e presentes (6%), perfumaria (5%), calçados (5%), serviços estéticos (4%) e telefonia e acessórios (3%).

Entre julho e setembro, o nível de vendas dos shoppings registrou uma alta de 32,6% em relação ao trimestre anterior. Quando comparado ao mesmo intervalo de 2020, o crescimento é ainda maior e chega a 54,4%.

“É muito positiva a evolução de marcas expandindo suas operações em shopping centers durante a pandemia. Atraídas por um ambiente em constante evolução, que confere segurança e conforto ao consumidor”, afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce. “Este movimento vem contribuindo para o processo de retomada do setor rumo aos níveis pré-pandemia”, finaliza.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.