Central de FIIs: Ifix sobe 0,88%, maior elevação em mais de 4 meses

Confira as informações que influenciam na indústria dos fundos imobiliários hoje

Wellington Carvalho

(Tzido/Getty Images)

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SÃO PAULO – O Ifix – índice dos fundos mais negociados na Bolsa – deu um alívio para os investidores e recuperou parte das perdas dos últimos dias. Na sessão desta segunda-feira (29), o indicador fechou com forte alta, de 0,88%, aos 2.563 pontos. Foi a maior elevação do Ifix desde o dia 13 de julho, quando o índice subiu 0,93%. No mês, o indicador acumula queda de 4,13% e, no ano, 10,67%.

Os investidores iniciaram a semana de olho nos indicadores e projeções para a inflação no País. O mercado financeiro elevou, pela 34ª semana consecutiva, suas projeções para o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), desta vez de 10,12% para 10,15% (leia mais ao longo do Central de FIIs).

Já o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) desacelerou em novembro, registrando variação positiva de 0,02%. Em outubro, o indicador teve alta de 0,64%, de acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IGP-M é conhecido como a “inflação do aluguel”, pois geralmente é usado como indexador nos contratos de locação.

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Com o resultado de novembro, o IGP-M acumula alta de 16,77% em 2021. Em 12 meses, o índice sobe 17,89%. Em novembro do ano passado, o indicador subiu 3,28% e totalizava alta de 24,52% em 12 meses.

“Apesar dos aumentos registrados para diesel e gasolina na refinaria, as quedas nos preços de grandes commodities favoreceram a manutenção da inflação ao produtor em terreno negativo”, afirma André Braz, coordenador dos índices de preços na FGV. De outubro para novembro, o preço do diesel oscilou de 6,6% para 9,96%. Já a gasolina variou de 2,79% para 10,17%.

Em relação às grandes commodities, o minério de ferro foi o destaque, acentuando a queda nos últimos meses de -8,47% para -15,15%. A soja também desacelerou, de -0,18% para -2,85%, e milho, de -4,52% para -5,00%, entre outubro e novembro.

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Maiores altas desta segunda-feira (29):

Ticker Nome Setor Variação (%)
VIFI11 Vinci Instrumentos Financeiros Títulos e Val. Mob. 6,64
HGRU11 CSHG Renda Urbana Híbrido 4,56
KISU11 KILIMA Títulos e Val. Mob. 4,23
PATC11 Pátria Edifícios Corporativos Lajes Corporativas 4,09
GGRC11 GGR Covepi Renda Logística 3,93

Maiores baixas desta segunda-feira (29):

Ticker Nome Setor Variação (%)
HABT11 Habtat II Títulos e Val. Mob. -0,76
XPCM11 XP Corporate Macaé Lajes Corporativas -0,71
AIEC11 Autonomy Edifícios Lajes Corporativas -0,63
PORD11 Polo Recebiveis Títulos e Val. Mob. -0,59
VCJR11 Vectis Juros Real Títulos e Val. Mob. -0,55

Fonte: B3

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Avaliação aponta aumento de mais de 11% nos ativos do CSHG Prime Offices, Caixa SEQ recebe proposta de R$ 9,5 milhões por imóvel

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

Reavaliação dos imóveis do CSHG Prime Offices ( HGPO11) aponta valorização de mais de 11%

O Credit Suisse realizou a avaliação anual dos imóveis dos fundos imobiliários que administra e os ativos apresentaram tendências diferentes. De acordo com fatos relevantes divulgados na sexta-feira (26), o estudo foi realizado pela CBRE Consultoria do Brasil.

O destaque das avaliações ficou para os imóveis do fundo CSHG Prime Offices ( HGPO11), que tiveram o valor elevado em 12,31% na comparação com o valor contábil dos ativos. O índice representa um impacto positivo de 11,67% no valor patrimonial da cota do fundo, com base no fechamento do dia 29 de outubro de 2021.

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Edifício Metropolitan
Edifício Metropolitan – CSHG Prime Offices

A carteira do fundo é composta por dois ativos na região da avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo: o edifício Metropolitan, com 10 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), e o Platinum, com 2,3 mil metros quadrados.

Já os ativos do fundo CSHG Real Estate (HGRE11) apresentaram uma tendência contrária. Segundo laudo de reavaliação, o valor dos imóveis apresentou redução de 1,65%. O ajuste representa um impacto de 1,58% a menos no valor patrimonial da cota do fundo.

O portfólio do CSHG Real Estate conta com 19 ativos imobiliários espalhados por quatro Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Os imóveis totalizam uma ABL de quase 200 mil metros quadrados.

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Com uma redução um pouco mais acentuada, o valor do ativo do fundo Castello Branco Office Park ( CBOP11), o edifício Jatobá, próximo à rodovia Presidente Castelo Branco, em São Paulo, foi diminuído em 6,68% pela CBRE Consultoria.

A reavaliação representa variação negativa de aproximadamente 6,60% no valor patrimonial da cota do fundo, também com base no fechamento do dia 29 de outubro de 2021.

REC (RELG11) revisa critérios da quarta emissão de cotas

Em comunicado ao mercado, na semana passada, o fundo REC Logística (RELG11) anunciou mudanças na quarta emissão de cotas do fundo, anunciada no dia 11 de novembro. O preço unitário de emissão passou de R$ 95,84 para R$ 70,31. Atualmente, a cota do REC é negociada na casa dos R$ 73,00 na Bolsa.

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Para garantir o valor inicial da oferta, de R$ 150 milhões, o fundo também aumentou a quantidade de cotas que serão emitidas.

Caixa SEQ (CXTL11) recebe proposta de R$ 9,5 milhões por imóvel em Itapevi

O fundo Caixa SEQ Logística recebeu nova proposta para a venda do imóvel localizado na Avenida Portugal, em Itapevi (SP). O interessado é a RDL Administração e Empreendimentos, que atua na locação de imóveis, com uma oferta de R$ 9,5 milhões.

Caixa SEQ está avaliando os demais aspectos da proposta recebida e, se for o caso, deve realizar a convocação de Assembleia Geral para decidir, com os cotistas, o futuro do negócio.

Com 694 cotistas, o fundo administrado pela Caixa Econômica Federal atua na aquisição de imóveis do segmento logísticos para ganho de capital em vendas futuras ou renda com locação.

Além do espaço de 6,6 mil metros quadrados em Itapevi, o fundo conta ainda com outros dois ativos em Duque de Caxias e Macaé, ambos no Estado do Rio de Janeiro.

Fundos Imobiliários: tudo o que você precisa saber para começar a investir

Giro imobiliário: mercado financeiro eleva projeção para inflação e e-commerce tem alta de 15% na Black Friday

Mercado Financeiro volta a elevar projeções para a inflação; expectativa para os juros é mantida

O mercado financeiro elevou, pela 34ª semana consecutiva, suas projeções para a inflação este ano, desta vez de 10,12% para 10,15%. É o que mostra o relatório Focus, do Banco Central, divulgado na manhã desta segunda-feira (29).

Os economistas consultados pela autoridade monetária também elevaram suas estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022, de 4,96% para 5,00%, no 19º aumento seguido.

Em meio à forte pressão inflacionária, o mercado financeiro projeta uma taxa de juros mais elevada do que a estimada no início do ano, quando os juros estavam no piso histórico, de 2% ao ano. O Focus aponta Selic de 9,25% ao fim deste ano, e de 11,25%, em dezembro de 2022 – as mesmas estimativas do levantamento anterior.

Varejo do Brasil cresce na Black Friday; e-commerce teve alta de 15,3%

O varejo do Brasil na Black Friday registrou um crescimento de 6,3% no faturamento nominal em comparação com 2020, segundo a Cielo-ICVA – Índice Cielo do Varejo Ampliado. O e-commerce teve alta de 15,3% e o varejo físico cresceu 2%. Os números se referem às vendas do dia 26 de novembro deste ano, em comparação com 27 de novembro de 2020.

De acordo com a Cielo-ICVA, apesar do aumento em relação a 2020, o patamar de faturamento do varejo, em termos nominais, foi 9,1% inferior ao registrado em 2019.

O setor que teve o maior avanço no faturamento nominal foi o de turismo e transporte. A alta foi de 54,4% sobre o mesmo período de 2020. A maior queda foi registrada em materiais para construção, de 9%.

Leia mais:

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.