Captação de fundos de investimento sobe 174% no ano até outubro; multimercados detêm preferência

Com queda das taxas de juros, investidores buscam produtos mais arrojados, como fundos de ações e multimercados, para garantir retornos atrativos

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O investidor brasileiro já percebeu que, com os juros na mínima histórica, terá que buscar aplicações mais arrojadas para conseguir melhores retornos. E esse cenário pode ser visto nos números mais recentes divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que mostram um maior apetite ao risco, com destaque para as classes de ações e multimercados.

No ano até outubro, os fundos de investimento acumulam entrada líquida (aportes menos resgates) de R$ 228 bilhões, cifra 174,4% maior que a registrada no mesmo período de 2018. Os favoritos dos investidores no período foram os multimercados, com R$ 62,7 bilhões, ou 28% do total – aumento de 37% na comparação anual.

Na sequência estão os fundos de ações, com montante captado de R$ 56,8 bilhões. Destaque ainda para os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs), com R$ 50,4 bilhões no acumulado do ano.

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“Os números da indústria continuam respondendo aos cortes da taxa de juros. Com a expectativa de manutenção na Selic em patamares ainda menores até o final do ano, os investidores permanecem em busca de produtos com melhor perspectiva de retorno”, afirmou Carlos André, vice-presidente da Anbima, em comunicado à imprensa.

Em outubro, mês em que o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou novo corte da taxa básica de juros, de 5,5% para 5,0% ao ano, o destaque ficou com os fundos de ações, com entrada líquida de R$ 7,8 bilhões, enquanto os multimercados captaram R$ 6,5 bilhões.

Já os fundos de renda fixa voltaram a apresentar resgates, pela quarta vez no ano. Após captar R$ 11,5 bilhões em setembro, a categoria teve saída de R$ 7,9 bilhões – a maior desde novembro de 2018. No acumulado de 2019, contudo, a classe segue no campo positivo, com entrada líquida de R$ 14,8 bilhões.

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Rentabilidade

Com relação à rentabilidade, praticamente todos os fundos apesentaram retorno positivo em outubro, com exceção dos cambiais, que tiveram queda média de 2,8%, e os do tipo “renda fixa dívida externa”, que caíram 2,6%, ambos refletindo a valorização do real de 3,9% em relação ao dólar, segundo a Anbima.

Na classe renda fixa, o destaque ficou com o tipo “duração alta soberano”, que investe apenas em títulos públicos de longo prazo, com retorno médio de 2,2%.

Os multimercados do tipo “investimento no exterior” e “livre” encerraram o mês com variações positivas de 0,06% e 1,16%, respectivamente. Já na classe ações, o tipo “livre” apresentou rentabilidade mensal média de 2,21%.

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