Após cortes na Selic, cresce interesse da pessoa física por investimento na Bolsa

Entre assessores e escritórios ligados à XP, sentimento favorável ao mercado de ações também subiu

Paulo Barros

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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A taxa Selic, que baliza os retornos dos investimentos em renda fixa, começou a ser cortada pelo Banco Central em agosto, mas só agora o investidor pessoa física volta a olhar para o mercado de ações.

Levantamento da XP com 361 assessores de investimentos, realizado entre 7 e 12 de novembro, mostra o primeiro aumento no interesse dos clientes por Bolsa nos últimos três meses.

De 37% na última leitura, agora 40% dos assessores indicam que clientes planejam aumentar a exposição em renda variável. O crescimento é modesto, mas outro dado corrobora com certo otimismo: apenas 10% disseram que os investidores planejam diminuir sua alocação em ações.

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As compras em si, no entanto, ainda não aconteceram. Das posições atuais, 39% dos investidores dos assessores entrevistados possuem menos de 10% do portfólio alocado em ações. E uma porcentagem expressiva dos clientes (81%) ainda apresenta menos de 25% de suas carteiras alocado em ações.

Os setores preferidos dos investidores são os mais defensivos, como Elétricas & Saneamento e Financeiro. Além disso, Petróleo & Gás teve aumento na preferência de 40% para 45% da clientela dos escritórios ligados à XP em relação à pesquisa do mês passado.

A intenção de aumentar alocação em ações acompanha uma melhoria no sentimento dos assessores em relação à renda variável. Embora ainda esteja longe das máximas, já chega a 63% a parcela de profissionais que enxerga como favorável o cenário para ações, um crescimento de 13 pontos percentuais ante pesquisa realizada em outubro.

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Os assessores apontam, em média, o alvo de 125 mil pontos para o fechamento do Ibovespa em 2023 – abaixo do patamar desta quarta-feira (22) –, mas projetam salto para 130 mil pontos ao fim de 2024.

Embora o investidor tenha começado a observar com mais atenção o mercado acionário, o interesse ainda é bem menor do que por renda fixa, com destaque para títulos do Tesouro Direto, e por fundos imobiliários.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos