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O Bitcoin (BTC) fechou maio com o pé no acelerador: valorizou quase 11% no mês, embalado pelo crescente apetite institucional via ETFs (fundos de índice), avanços regulatórios nos Estados Unidos e as declarações favoráveis de Donald Trump ao setor.
E a maré positiva da principal criptomoeda do mercado, cotada na faixa dos US$ 104 mil nesta segunda-feira (2), parece longe de virar. Sete das 10 casas procuradas pelo InfoMoney, entre exchange, plataformas cripto e empresas de research, recomendam manter o ativo nas carteiras em junho e também no longo prazo.
”A proposta de ‘ouro digital’ do Bitcoin ganha força em um contexto de crescente adoção institucional, com estados americanos propondo reservas estratégicas de BTC e discussões sobre uma reserva federal”, disse Valter Rebelo, head de criptoativos da Empiricus.
Mas o entusiasmo não se limita ao BTC. Outros tokens também ganharam espaço nas recomendações. A seguir, confira os cinco ativos digitais mais indicados para este mês – apenas aqueles presentes em pelo menos três carteiras de investimento diferentes foram listados.
Criptomoedas | Recomendações | Perfomance (acumulado de 30 dias) |
Bitcoin (BTC) | 7 | 10% |
Ethereum (ETH) | 4 | 39,70% |
Solana (SOL) | 4 | 4,7% |
Aave (AAVE) | 3 | 47,20% |
Uniswap (UNI) | 3 | 24 |
Bitcoin (BTC)
A maior criptomoeda da indústria renovou sua máxima histórica em maio, o que já faz dela um ativo para acompanhar, disse Beto Fernandes, analista da Foxbit. Além disso, falou, há também um otimismo em torno do ativo, justamente por seu desempenho. ”Não à toa, os fluxos de capitais continuam constantes, com os ETFs voltando a registrar aplicações a níveis não vistos desde novembro do ano passado”, disse o especialista.
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Ethereum (ETH)
A expectativa é positiva com o Ethereum, segundo maior cripto do mercado, com analistas apontando potencial para romper a barreira dos US$ 3.000. ”Está formando um padrão de triângulo ascendente, com suportes em US$ 2.800 e US$ 1.880, e resistências em US$ 2.800 e US$ 3.000. Beneficia-se da preferência institucional crescente e dos avanços contínuos em seu ecossistema após a transição para Proof-of Stake‘ (um tipo de algoritmo)”, disse Guilherme Fais, head de finanaças da NovaDax.
Solana (SOL)
A Solana tende a apresentar performance positiva em junho, acredita Rony Szuster, head de research do Mercado Bitcoin. Motivos não faltam. ”São mais de 210 aplicações descentralizadas disponíveis no projeto, o que possibilitou que o valor total bloqueado em sua rede (TVL, na sigla em inglês) alcançasse os US$ 18 bilhões, já ocupando a 2ª posição entre todas as blockchains do mercado nesta métrica. Além disso, o ativo pode contar muito em breve com um ETF à vista na bolsa americana, podendo disponibilizar inclusive o recurso de staking (método de renda passiva), potencializando em grande medida a entrada do capital institucional”
Aave (AAVE)
É um dos tokens que tendem a se recuperar com mais força quando o mercado retomar ainda mais a direção de alta. Isso porque apresenta capitalização menor e maior assimetria de valorização em ciclos positivos na comparação com o Bitcoin, segundo Israel Buzaym, Country Manager da Bybit Brasil. ”Esse é um momento oportuno para traders atentos que buscam assimetrias de curto prazo. Correções profundas, em tokens tecnicamente relevantes, abrem espaço para operações com potencial exponencial”.
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Uniswap (UNI)
A Uniswap passou por atualizações no ano passado que melhoraram sua escalabilidade e reduziram suas taxas, o que já impactou nos números. Segundo a plataforma DeFiLlama, o projeto movimentou mais de US$ 73 bilhões em maio, superando em mais de 30% o volume de abril. ”Diante da adoção crescente, melhorias técnicas e relevância institucional, a Uniswap entra na nossa lista de criptomoedas mais promissoras para junho, com potencial real de valorização no curto e médio prazo”, escreveu Taiamã Demaman, líder de reasearch da Coinext, em relatório recente.
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