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O fundo da Headline -comandado por Romero Rodrigues, cofundador do Buscapé, e gerido pela XP Asset- já tem a primeira startup brasileira para investir. A escolhida foi a empresa de micromercado autônomos Smart Break, que mantém 400 lojas no estado de São Paulo, mas quer chegar a 1,5 mil nos próximos dezoito meses, até junho de 2024.
O total do aporte recebido foi de R$ 36 milhões. O cheque assinado pela Headline foi o maior deles, de R$ 30 milhões, os outros R$ 6 milhões restante complementado pelo UVC Investimentos, fundo de venture capital do Grupo Ultra, e atuais investidores. Em entrevista exclusiva ao InfoMoney, o CEO da Smart Break, Rodrigo Colas, comenta que o objetivo é alavancar o negócio e deixá-lo ainda mais inteligente.
“Queremos inaugurar 60 lojas todos os meses, dobrando o número de inaugurações que fazemos hoje. Outro grande objetivo é deixar a smart ainda mais inteligente, como entender melhor qual o preço, o produto e a quantidade que temos de mandar para cada loja”, destaca Colás.
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A companhia também planeja multiplicar por quatro o número de funcionários para dar mais escala ao negócio, indo de 100 para 400 pessoas, e possui a meta de alcançar a venda de quase 2 itens por segundo.
Startup de conveniência
A Smart Break surgiu em 2018, como uma estratégia para substituir as máquinas de vendas alocadas em prédios residenciais e comerciais. Com a chegada da pandemia, a empresa viu seus negócios em queda por um momento, mas houve recuperação em um curto espaço de tempo. Agora, a marca foca em um faturamento de R$ 20 milhões por ano, e o aporte do Headline deve facilitar esse alcance.
Entre os diferenciais da empresa, destacam-se o custo baixíssimo de instalações e manutenção, melhor variedade do mercado com mais de 900 produtos e loja personalizada de acordo com o mix de produtos que o cliente desejar e formas de pagamento que variam de cartão de credito e débito a vale-alimentação e refeição.
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Para Romero Rodrigues, a tese de investimentos na Smart Break passa pelo pioneirismo do negócio no país. Ele explica que a empresa apresenta uma estrutura bastante definida e com um time que tem potencial para alavancar a empresa como líder dessa tendência no varejo.
“Esse é um dos maiores mercados que temos, e só vemos isso crescer. Também olhamos para a solução que a empresa está trazendo e, neste caso, percebemos que ela resolve um grande problema das pessoas. Tanto de quem está no trabalho querendo comer um snack e não querem sair do prédio, quanto na casa dos consumidores, onde acaba sendo o maior uso do serviço”, pontua Rodrigues.
Para o investidor, o varejo passou por uma transformação nos últimos 25 anos. “O que era sobre preço, evoluiu para comodidade e estar mais perto do consumidor se tornou primordial. Ninguém no varejo está mais próximo e mais integrado ao dia a dia do consumidor do que a Smart Break”, comenta Romero.
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Para Colas, os próximos 18 meses serão de foco em tecnologia para entender o que o consumidor deseja e oferecer a melhor experiência de compra. “Nosso modelo de negócio está cada vez mais essencial no dia a dia das pessoas. Com a chegada dos novos investidores, que além de investimento vão trazer muito conhecimento para dentro de casa, acreditamos que estamos mais preparados para crescer na mesma velocidade que o mercado demanda, e guiados pelo objetivo de oferecer a melhor experiência de compra e cada vez mais comodidade aos clientes”, destaca.
Maior FIP do país, Headline tem novas cartas na manga
Esse não é o único aporte que o Headline deve fazer neste ano, planejando alcançar o portfólio de até 25 empresas. Segundo Romero, o foco no país sulamericano é investir em startups e empresas de tecnologia, sendo que novos aportes podem ser oficializados ainda neste ano, conforme adiantou à reportagem.
“Em 60 dias, tivemos mais de 700 startups analisadas. Então foram centenas de análises para chegar a Smart Break”, comenta. “Se tudo der certo, vamos finalizar o ano com mais uma startup investida”, antecipou, dizendo que já há outras empresas na esteira de negociações.
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O Headline é um Venture Capital internacional que tem mais de US$ 2 bilhões sob gestão. No Brasil, em uma parceria com a XP Asset, ele se tornou o maior Fundo de Investimento em Participações (FIP) ao passar o total de 12 mil cotistas e uma captação de R$ 915 milhões.
