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SÃO PAULO – No primeiro trimestre de 2017, a Sanepar (SAPR4), empresa de saneamento do Estado do Paraná, ganhou espaço entre as recomendações de analistas e chegou a ser chamada de “call da década” pelo Bradesco BBI. Muitos projetavam que um resultado positivo no processo de revisão tarifária previsto para março poderia impulsionar ainda mais a cotação do papel.
Quem acompanhou caso, no entanto, sabe que o desenrolar da história foi outro: a Agepar (Agência Reguladora do Paraná) estipulou a diluição do aumento tarifário ao longo de oito anos e os papéis registraram perdas de mais de 18% no mês. (Veja cada capítulo dessa história, clicando aqui). E mais, o “drama” da empresa paranaense afetou também outras companhias do ramo: a Copasa (CSMG3), por exemplo, recuou 14,8%.
Já a Sabesp (SBSP3) perdeu apenas 2,7% no período. Conhecida pelos resultados sólidos, bom controle de gastos e por ser uma boa pagadora de dividendos, a “rainha” do setor ganhou espaço nas carteiras recomendadas pelo principais bancos e corretoras do País em abril.
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Em março, entre 16 carteiras analisadas, a Sabesp recebeu apenas um indicação. Já em abril, dentre 18 instituições consultadas, o número de indicações saltou para seis, o que levou a companhia paulista de saneamento a dividir o terceiro lugar do ranking com o Itaú Unibanco (ITUB4). (Veja o ranking completo na tabela abaixo)
Por trás da escolha, uma estratégia que alia o cenário mais favorável à atividade da empresa a eventos pontuais que podem ser gatilhos para o preço da ação.
Segundo analistas, entre os fatores positivos estão o arrefecimento da crise hídrica em São Paulo, que deve permitir o aumento da rentabilidade e potencializar a distribuição de dividendos, a possível aprovação de um imposto municipal, além do anúncio, previsto para abril, de uma revisão tarifária acima da inflação.
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As estimativas dos economistas que recomendam o papel é que, se este cenário se concretizar o patamar de rentabilidade da empresa deve ser maior do que o registrado nos últimos anos.
Nesta terça-feira (11), as ações da empresa ficam “ex-proventos”. A companhia vai distribuir R$ 823,4 milhões a título de JCP (Juros sobre Capital Próprio) ao seus acionistas. O montante equivale a R$ 1,2048 por ação e o “dividend yield” é de 3,6%. Esta relação indica quanto a remuneração representa do valor atual do ativo. O pagamento será feito no dia 27 de junho deste ano.
Veja abaixo as ações mais recomendas por bancos e corretoras em abril:
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Empresa | Quantidade de recomendações |
Petrobras | 12 |
B3 | 9 |
Itaú Unibanco | 6 |
Sabesp | 6 |
Banco do Brasil | 5 |
Cielo | 4 |
Equatorial | 4 |
Fibria | 4 |
Gerdau | 4 |
Fonte: Levantamento do InfoMoney com 18 carteiras de bancos de investimento e corretoras