De empresa familiar à listagem na Bolsa: conheça quem está por trás da Mitre Realty

Fabrício Mitre, CEO da construtora e incorporadora fundada por seu avô, conta como enxerga o mercado e onde estão as oportunidades para o investidor

Equipe InfoMoney

SÃO PAULO – Primeira empresa a estrear na Bolsa em 2020, a Mitre Realty (MTRE3) está com a operação a pleno vapor, em um ano de expectativa de maior retomada do mercado imobiliário. Liderada por Fabrício Mitre, a construtora e incorporadora tem origem familiar – o CEO representa a terceira geração.

Ao participar do quarto episódio do podcast “Banco Imobiliário”, o executivo contou um pouco de sua trajetória profissional, explicou as áreas de atuação do grupo, os novos projetos, como enxerga o mercado no momento atual e como avalia os fundos imobiliários. A gravação do programa aconteceu antes da listagem das ações da empresa na B3.

Com foco nos segmentos de média e alta renda em São Paulo, a Mitre tem duas linhas de imóveis: Raízes e Haus. A primeira marca é voltada à média renda em bairros de menor concorrência, enquanto a segunda se volta ao público de alta renda em localidades mais nobres da capital paulista.

Embora a história da companhia tenha começado há cerca de 60 anos, Mitre, de 35 anos, não começou sua carreira no grupo, fundado por seu avô. O engenheiro iniciou sua trajetória no mercado financeiro e, após alguns anos de experiências, decidiu assumir os negócios da família em 2008.

“Vi que minha família tinha uma joia na mão naquele momento de mercado claramente promissor”, conta o CEO, ressaltando que decidiu ingressar na empresa para profissionalizar os negócios e poder levar a Mitre para outro patamar.

O ano da estreia, contudo, passou longe do marasmo. Mitre lembra que o primeiro lançamento da empresa ocorreu em setembro de 2008, no fim de semana seguinte à quebra do banco americano Lehman Brothers. “Tinha tudo para dar errado.”

E o mercado brasileiro também sentiu o baque da crise financeira, com uma queda do patamar de vendas de 32 mil a 35 mil unidades, de 2007 a 2014, para 18 mil, em 2015, assinalou Mitre.

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Os anos para lá de desafiadores, contudo, parecem estar ficando para trás, beneficiados pela dinâmica atual de juros no piso histórico. “A dinâmica microeconômica de oferta e procura na capital é claramente favorável a uma retomada de preços que a gente já tem visto no mercado”, afirmou. “Sem dúvida, a gente está num ponto de inflexão, de um novo ciclo que começa.”

A Mitre levantou R$ 1,18 bilhão em sua abertura de capital, montante a ser destinado para a compra de terrenos e para o pagamento de custos de construção e despesas operacionais.

No episódio do “Banco Imobiliário” desta semana, Mitre abordou o mercado residencial e os fundos imobiliários que tendem a explorar cada vez mais esse nicho. “É uma grande opção que o investidor vai ter daqui para frente.”

Outro ponto de atenção recai sobre ativos de residência estudantil. O grupo Mitre opera nesse segmento por meio da Share Student Living, joint venture feita com a RedStone Residential.

Só na Grande São Paulo, contou, há 950 mil estudantes, dos quais 30% de fora, o que dá o tom do potencial desse mercado.

Apresentado por Marcelo Hannud, sócio especialista em mercado imobiliário da XP Asset, e por Beatriz Cutait, editora de Investimentos do InfoMoney, o “Banco Imobiliário” pode ser ouvido nas plataformas Apple Podcasts, Deezer, Spotify, Spreaker, Google Podcasts, Castbox e demais agregadores de podcast. Você ainda pode conferir o programa na íntegra em nosso canal no YouTube.

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