Servidores do BC retomam greve e marcam protesto na hora do Copom

Comitê de Política Monetária deve anunciar amanhã, quarta-feira (4), uma alta de 1 ponto percentual na Selic, de 11,75% para 12,75% ao ano

Equipe InfoMoney

Edifício Sede Caixa Econômica Federal e Banco Central em Brasília

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Os servidores do Banco Central (BC) retomaram a greve por reajuste salarial nesta terça-feira (3) e marcaram uma manifestação em frente à sede da instituição, em Brasília, durante a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na quarta-feira (4).

Segundo o presidente do Sinal (Sindicato Nacional dos Servidores do BC), Fábio Faiad, o protesto ocorrerá das 17h às 19h. A decisão do Copom geralmente é anunciada a partir de 18h30, mas a autoridade monetária diz que a greve dos servidores não deve afetar a reunião do comitê nem a divulgação da ata do encontro na próxima terça-feira (10).

Faiad disse ao InfoMoney que prevê uma adesão de 50% dos servidores neste primeiro dia de retorno da greve, que foi suspenda por duas semanas para dar um “voto de confiança” ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Mas as reivindicações não foram atendidas, e a categoria votou pelo retorno da paralisação.

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Os servidores querem um reajuste de 27%, para repor a inflação entre 2017 e 2022, e a reestruturação de carreiras. A paralisação começou em 1º de abril e já afetou a publicação de diversos indicadores do BC, como o Relatório Focus, e o mercado já teme atrasos na implantação do novo marco cambial no país.

Reunião do Copom

A reunião do Copom deve decidir por mais um aumento de 1 ponto percentual na Selic, de 11,75% para 12,75% ao ano. Essa alta já foi sinalizada pelo BC diversas vezes e é consenso no mercado, por isso a expectativa paira sobre a sinalização que a autoridade monetária fará sobre a reunião seguinte, de junho.

Enquanto o BC sinaliza que quer parar o ciclo de alta dos juros em 12,75% ao ano, o mercado já projeta pelo menos mais uma alta em junho e a Selic em 13,25% no fim do ano, segundo o último Relatório Focus. As mais de 100 instituições financeiras consultadas também estimam uma inflação acima do centro da meta em 2023 e 2024.

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* Com informações da Agência Estado

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