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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira (29) que a ômicron, nova cepa do coronavírus detectada inicialmente na África do Sul, é uma variante de preocupação, mas não de desespero.
Ele garantiu ainda que o Sistema Único de Saúde (SUS) está mais bem preparado para a eventualidade de uma terceira onda de infecções pela Covid-19.
“Três dias atrás foi anunciada uma nova variante que foi inicialmente descrita na África do Sul, a variante ômicron, e eu falei, é uma variante de preocupação, mas não é uma variante de desespero”, disse Queiroga em Salvador, onde assinou contrato com a Pfizer para a compra de 100 milhões de doses da vacina contra Covid-19 do laboratório no ano que vem.
“Não é uma variante de desespero, porque nós temos autoridades sanitárias comprometidas com a assistência de qualidade à nossa população. Hoje, se houver uma eventual terceira onda, temos uma condição muito melhor de assistir a nossa população”, acrescentou o ministro.
O acordo com a Pfizer pode ser expandido para mais 50 milhões de doses em 2022, levando o total a 150 milhões de doses do imunizante.
Também presente na cerimônia, a presidente da Pfizer no Brasil, Marta Diez, disse que o acordo pode incluir eventuais evoluções da vacina para fazer frente à variante ômicron.
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Queiroga disse que o governo também usará na campanha de vacinação contra Covid no ano que vem as doses remanescentes deste ano, e 120 mihões de doses da AstraZeneca que chegarão ao país em 2022.
Sem citar diretamente a CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac e envasada pelo Instituto Butantan, que deu largada à campanha de vacinação contra o coronavírus no país em janeiro, Queiroga disse que o ministério irá comprar apenas vacinas que têm registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A CoronaVac tem, por enquanto, apenas autorização para uso emergencial. “Não há mais motivo para fazer aquisição de imunizante com registro emergencial”, disse o ministro.
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A CoronaVac tem sido alvo de atritos frequentes entre o governo federal e o governo do Estado de São Paulo, ao qual o Butantan é vinculado. O governador paulista, João Doria (PSDB), e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) são adversários políticos.