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A Justiça do Trabalho concedeu liminar na tarde de sexta-feira (27) e suspendeu as 446 demissões de funcionários realizadas pela Caoa Chery em sua fábrica de Jacareí (SP), após acolher ação do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. Procurada, a empresa disse que não vai comentar o assunto.
Segundo o sindicato, a decisão do juiz Lucas Cilli Horta, da 2ª Vara do Trabalho de Jacareí, considera que as dispensas coletivas devem ter prévia negociação devido ao impacto social que causam. E que a montadora chinesa está sujeita multa diária de R$ 50 mil se não cumprir a limitar.
As demissões ocorreram na quarta-feira (25), após o sindicato e a empresa não chegaram a um acordo na reunião de conciliação no Ministério Público do Trabalho (MPT) local. Uma nova audiência está marcada para quarta-feira (1º), às 14h.
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A empresa propõe pagamento extra de até 15 salários aos demitidos, mas a entidade sindical insiste na abertura de um programa de lay-off (suspensão temporária de contratos) e uma posterior estabilidade no emprego por mais três meses.
A Caoa Chery diz que decidiu fechar sua fábrica até 2025 parar preparar as instalações no interior de São Paulo para produzir apenas veículos elétricos e híbridos. A montadora chinesa lançou uma campanha dizendo que todos os modelos de seu portfólio serão eletrificados até o final de 2023 (provavelmente se referindo a produtos importados).
446 ou 580 demissões?
O sindicato afirma que a empresa enviou comunicado de demissão para 580 trabalhadores, mas a Caoa Chery diz que realizou 446 cortes. A entidade também cobrou medidas dos governos federal, estadual e municipal para impedir o fechamento da fábrica.
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Amanhã, terça-feira (31), ocorrerá uma reunião às 14h30 no Palácio dos Bandeirantes, a sede do governo estadual. O encontro foi convocado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e deve ter a presença do sindicato, da empresa e da Prefeitura de Jacareí.
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