Gasolina volta a subir e já passa dos R$ 7 em oito estados; gás de cozinha sobe mais de 36% no ano, diz ANP

Subidas consecutivas no preço do diesel motiva realização de protesto nacional de caminhoneiros autônomos em 1º de novembro

Dhiego Maia

(Foto: Getty Images)

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GONÇALVES (MG) – O preço dos combustíveis, alvo de protesto nacional de caminhoneiros previsto para o dia 1º de novembro, voltou a subir, segundo nova sondagem da ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Nesta sexta-feira (22), o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em coletiva à imprensa para confirmar a permanência de Paulo Guedes à frente do Ministério da Economia, que um novo aumento nos preços dos combustíveis era iminente.

A gasolina, de acordo com a ANP, caminha para a 12ª semana consecutiva de alterações nos preços (entre altas e estabilidades) e já acumula elevação anual de 41,96% nos preços.

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A ANP constatou que, nas duas últimas semanas, o preço médio da gasolina saltou de R$ 6,321 para R$ 6,36. Já são ao menos oito estados do país com o combustível sendo comercializado bem acima dos R$ 7 o litro.

Esse preço direto nas bombas já é registrado no Rio Grande do Sul (R$ 7,469), no Rio de Janeiro (R$7,399), no Piauí (R$ 7,159), no Paraná (R$ 7,090), em Minas Gerais (R$ 7,099), em Mato Grosso (R$ 7,047), no Ceará (R$ 7,10) e no Acre (R$ 7,30).

O diesel também avançou 0,26% nas duas últimas semanas, e o preço passou de R$ 4,976 para R$ 4,983. No ano, a alta do diesel é de 38,18%.

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O preço do diesel, usado para mover os caminhões que levam a produção de norte a sul do país, vem causando embates na relação entre Bolsonaro e os caminhoneiros autônomos, grupo que o ajudou nas eleições presidenciais em 2018.

Além de um racha na relação, o grupo promete protestos em busca de uma nova política de preços que não inviabilize a atividade. A categoria questionou nesta quinta-feira (21) o anúncio de um auxílio diesel de R$ 400, valor que, para os motoristas, não vai resolver o problema.

O gás de cozinha, o GLP de 13 kg, atingiu R$ 101,96, bem maior que os R$ 100,44 da semana passada, e registrou uma alta de 1,51% na semana. No ano, o insumo subiu 36,4%.

De acordo com a ANP, apenas em oito estados, o preço do GLP encontra-se abaixo dos R$ 100 — em Sergipe, Rio de Janeiro, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Alagoas.

Entre os preços mais elevados, o GLP atingiu R$ 130, em São Paulo; e no Rio Grande do Sul, Rondônia e Mato Grosso, o vasilhame é de R$ 135.

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Dhiego Maia

Subeditor de Finanças do InfoMoney. Escreve e edita matérias sobre carreira, economia, empreendedorismo, inovação, investimentos, negócios, startups e tecnologia.