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A defasagem média do preço do diesel no mercado interno aumentou de 18% para 25% entre segunda-feira (25) e a terça-feira (26), o que inviabiliza as importações do combustível pelas pequenas e médias e pequenas empresas do setor, segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
A associação de importadores diz que a alta do câmbio pressiona os preços domésticos dos produtos importados e a oferta apertada do produto segue pressionando os preços futuros. No momento, futuros do Brent são negociados em torno dos US$ 106 por barril.
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O Brasil importou 25% de todo o diesel que consumiu em 2021 e as perspectivas são de repetir o volume neste ano, devido à limitação da capacidade de refino do país.
Marcus D’Ellia, sócio da Leggio Consultoria, disse em live na noite de terça-feira (26) que existe uma grande preocupação em relação ao déficit de diesel no país. Ele ressaltou, no entanto, que a gasolina está com uma defasagem menor em relação ao mercado internacional e não sofre risco de desabastecimento.
“Quando se olha o ciclo diesel, essa é a grande preocupação: 25% da demanda é um ‘gap’ importante e não se vê investimentos no país para suprir esse déficit. É muito difícil justificar investimentos de um combustível que tem data de validade”, afirmou D’Ellia sobre a transição energética, que impõe a redução do consumo de petróleo nos próximos anos.
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“Quando a gente olha o Brasil, a demanda de gasolina começa a cair em 2038, mas o diesel tem um horizonte maior, em 2040”, diz o sócio da Leggio Consultoria. “Você vai ter uma demanda crescente até 2040.”
Venda de refinarias
Apesar do acordo entre a Petrobras e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para quebrar o monopólio do refino no país, em troca da suspensão de processos contra a estatal, apenas uma refinaria foi vendida: a antiga Rlam, na Bahia.
Comprada pela Acelen, braço do fundo de investimentos árabe Mubadala, ela rebatizada de Refinaria de Mataripe. Agora, a empresa está investindo R$ 500 milhões para modernizar e ampliar a produção da unidade.
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A defasagem do preço dos combustíveis no mercado brasileiro é um dos fatores que têm impedido a venda das outras refinarias da Petrobras. O último aumento concedido para o diesel pela estatal, de 24,9%, foi em 11 de março. No mesmo dia, a gasolina foi reajustada em 18,7%.
Desde que assumiu a refinaria baiana, a Acelen tem feito reajustes de preços quase semanais e a defasagem medida no porto de Aratu é menor do que a registrada na média do país. Enquanto nos portos de referência da Petrobras a defasagem chega a 27% (Itaqui e Suape), na Bahia é de 17%.
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