Greve geral: o que está parado e o que funciona ao redor do país

O movimento paralisou ao menos parcialmente uma série de serviços em São Paulo e outras cidades do país    

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – A greve geral contra a reforma da Previdência nesta sexta-feira (14) paralisou ao menos parcialmente uma série de serviços em São Paulo e outras cidades do país.  

Os ferroviários foram a única categoria que, após assembleia, desistiu de participar da greve. Por isso, nesta sexta todas as linhas da CPTM estão funcionando normalmente. Metrôs e ônibus operam parcialmente. 

Veja a situação dos principais serviços em São Paulo: 

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Metrô  

Os metrôs estão com os serviços paralisados parcialmente. Não há previsão de ampliação de funcionamento de novos trechos. 

Linha 2 – Verde está operando normalmente entre Vila Madalena e Alto do Ipiranga; 

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Linha 1-Azul está operando normalmente entre Saúde e Luz;

Linha 3-Vermelha está operando normalmente entre Marechal Deodoro e Penha; 

Linha 15- Prata está paralisada;

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Linhas 4-Amarela e 5-Lilás: operação normal;

A categoria acredita que se a reforma (PEC 6/2019) for aprovada, “tornará a aposentadoria um sonho impossível para a grande maioria da população. Por isso, é necessário aderir à paralisação”, afirma a nota do sindicato.  

Trem 

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A categoria foi a única que recuou em relação a paralisação após uma assembleia realizada nesta quinta-feira (13).  Todas as linhas da CPTM funcionam normalmente.   

Ônibus   

Os ônibus municipais da cidade estão funcionando normalmente e os intermunicipais parcialmente, segundo a SPTrans. 

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Os 29 terminais municipais estão com operação de ônibus. Nenhuma operadora tem interrupção na saída da frota.

O trânsito na capital paulista registrou, por volta das 17h, 73km de congestionamento em média, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A lentidão é até baixa para a média no horário, que gira em torno de 78km e 120km. 

Na Região Metropolitana de São Paulo, as linhas operadas pelas empresas Arujá, Atual, Guarulhos Transportes, Real, Transdutra e Vila Galvão estão paralisadas. Demais áreas da Grande SP têm operação normalizada, segundo informações da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU). 

Na Zona Norte, as linhas 2023/10 (Metrô Tucuruvi/Cachoeira), 1722/10 (Jardim Marina/Metrô Tucuruvi), 178Y/10 (Vila Amélia/Metrô Jardim São Paulo) e 1767/10 (Metrô Tucuruvi/Pq. Edu Chaves) estão prolongando o atendimento aos usuários até o Terminal Santana.

Devido a greve, anida, algumas linhas foram criadas emergencialmente. Como: Tucuruvi/Correios, operando com 7 ônibus articulados, e outra de Santana/Correios, com 7 ônibus articulados, ambas com cobrança de tarifa.

Além disso, na Zona Sul, uma linha entre o metrô Jabaquara e o metro Paraíso foi criada com 12 ônibus articulados com cobrança de tarifa normalmente. 

Na Zona Leste, 66 coletivos estão em operação contando com um reforço de 20 veículos superarticulados na frota da linha 4310/10 (Metrô Itaquera/Term. Pq D. Pedro II). 

As linhas 407P/10 (Terminal Cidade Tiradentes/Metrô Tatuapé) e 3539/10 (Cidade Tiradentes – Metrô Bresser) também foram reforçadas com mais três ônibus em cada.

Segundo o EMTU, No Vale do Paraíba e Litoral Norte, a Trans-Cinter voltou a operar e as linhas das empresas Jacareí e Santa Branca circulam parcialmente. No momento, a ABC Transportes permanece paralisada.

Terminais que estão em operação:

Pq. D. Pedro II Santo Amaro Grajaú
Campo Limpo Capelinha Sacomã
Vila Nova Cachoeirinha Bandeira João Dias
Varginha Pirituba Cidade Tiradentes
Jd. Ângela Pinheiros Lapa
Mercado Guarapiranga Carrão
Parelheiros Sapopemba A.E. Carvalho
Princesa Isabel Penha São Miguel
Aricanduva
Amaral Gurgel Casa Verde
Vila Prudente Itaquera  

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Bancos  

A categoria informou que está confirmada na greve. O sindicato não terá expediente nesta sexta-feira (14).  

Dezenas de agências bancárias foram fechadas, segundo o sindicato. Incluindo unidades no corredor da Avenida Paulista, nas regiões do Tatuapé e São Miguel Paulista (zona leste), no corredor da Faria Lima (zona oeste), no corredor da Voluntários (região de Santana), no centro da capital e no calçadão de Osasco.

Além das agências, também foram paralisadas as atividades dos centros administrativos dos principais bancos: CA Brigadeiro, CAT e ITM, do Itaú; Vila Santander, Geração Digital (Casa 3) e Radar (Casa 1), do Santander; Bradesco Prime e Nova Central, do Bradesco, CEF Sé, da Caixa, e Banco do Brasil da São João, Superintendência do BB e BB 1.500.  

Servidores públicos 

O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) também confirmou a participação na greve por 24 horas.

“Todos os setores estão sendo orientados a aderir à paralisação. No entanto, para casos de emergências, nós garantimos o funcionamento mínimo de hospitais e do Samu para situações de média e alta complexidade”, explicou o presidente do sindicato Sérgio Ricardo Antiqueira. 

Os outros setores, como educação, estarão 100% paralisados. 

“Diante da eminente perda de direitos conquistados a duras penas ao longo de décadas de lutas que custaram suor, sangue e vidas, a decisão da categoria já em março, que bravamente lutou na cidade por seus direitos, foi de aderir ao calendário nacional de lutas, inclusive para a construção da greve geral”, diz a nota no site do sindicato. 

Educação 

O Sinpro (Sindicato dos Professores de São Paulo) informou que também vai aderir á greve. A decisão foi tomada em assembleia no dia 1° de junho. 

Cerca de 50 colégios particulares da cidade de São Paulo vão paralisar as aulas nesta sexta-feira (14). 

Escolas tradicionais da cidade como Santa Cruz, Notre Dame, Lycée Pasteur, Vera Cruz e Escola da Vida estão na lista. Além deles, também vão parar os colégios Alecrim, Arco, Aretê, Arraial das Cores, Bakhita, Casa de Aprendizagens, Criarte, Equipe, Espaço Brincar, Fazendo Arte, Garcia Yago, Giordano Bruno, Gracinha, Hugo Sarmento, Invenções, Ítaca, Maria Boscovitch, Micael Waldorf, Ofélia Fonseca, Oswald de Andrade, Politeia, Pré-escola Quintal do João Menino, Santi, São Domingos, Viva e Waldorf São Francisco. 

 Veja a lista completa aqui. 

Rodízio

A prefeitura informou que o rodízio nesta sexta-feira está funcionando normalmente. Carros com placas de finais 9 e 0 não podem circular nas ruas e avenidas internas ao chamado mini-anel viário, das 7 às 10 horas e das 17 às 20 horas. Também está mantida a Zona Máxima de Restrição a Fretados e as regras de utilização da Zona Azul.

Veja outras capitais cujos transportes públicos e outros serviços são afetados pela paralisação:

Cidade Transporte e/ou serviço afetado nesta sexta-feira (14)
São Paulo Metrô parcialmente  
Ônibus intermunicipal parcialmente 
Ensino público e privado
Bancos
Rio de Janeiro Ensino público
Bancos 
Belo Horizonte Metrô
Ensino público
Bancos 
Curitiba Ônibus
Ensino público
Bancos
Porto Alegre Trem
Ensino público
Sistema de saúde com atendimento reduzido
Recife ônibus 
Metrô (apenas funcionando em horários de pico)
Ensino público
Bancos
Maceió Ônibus
Ensino público
Bancos
Detran
Salvador Metrô
Trem
Ônibus
Ensino público
Bancos
Natal Trem
Ônibus
Ensino público
Fortaleza Ônibus
Ensino público
Bancos
Teresina Ensino público
Bancos
Brasília Ensino público
Bancos
Detran
*A tabela segue sendo atualizada. 

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.