6 estados, DF e 9 capitais têm leitos do SUS para Covid acima de 80% de ocupação, aponta Fiocruz

Pessoas totalmente imunizadas são pouco suscetíveis a internações, mas comorbidades graves ou idade avançada podem deixá-las vulneráveis

Agência Brasil

Profissional de saúde cuida de paciente entubada com Covid-19  (REUTERS/Amanda Perobelli)
Profissional de saúde cuida de paciente entubada com Covid-19 (REUTERS/Amanda Perobelli)

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A ocupação de leitos públicos de unidade de terapia intensiva (UTI) para adultos com Covid-19 está piorando com a rápida disseminação da variante ômicron, avaliam pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no boletim do Observatório Covid-19 divulgado nesta quarta-feira (26).

“Não se pode ignorar que o quadro está piorando, apesar de estar claro que o cenário com a vacinação é muito diferente daquele observado em momentos anteriores mais críticos da pandemia, nos quais se dispunha de muito mais leitos”, diz o boletim.

O documento pondera que pessoas totalmente imunizadas são pouco suscetíveis a essas internações, mas comorbidades graves ou idade avançada podem deixá-las vulneráveis.

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Os pesquisadores explicam que mesmo com uma proporção menor de casos gerando internações em UTI, os números se tornam expressivos por causa da grande transmissibilidade da variante ômicron, que é mais contagiosa.

O aumento no número de internações já levou 12 estados à zona de alerta intermediário, em que entre 60% e 80% dos leitos de UTI estão ocupados.

Além disso, as internações chegaram à zona crítica, com ao menos 80% de leitos ocupados, em Pernambuco (81%), Espírito Santo (80%), Goiás (82%), Piauí (82%), Rio Grande do Norte (83%), Mato Grosso do Sul (80%) e Distrito Federal (98%).

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O boletim informa que, entre as 25 capitais com taxas divulgadas, nove estão na zona de alerta crítico: Porto Velho (89%), Rio Branco (80%), Macapá (82%), Fortaleza (93%), Natal (percentual estimado de 89%), Belo Horizonte (95%), Rio de Janeiro (98%), Cuiabá (89%) e Brasília (98%).

“É fundamental empreender esforços para avançar na vacinação e controlar a disseminação da Covid-19, com o endurecimento da obrigatoriedade de uso de máscaras e de passaporte vacinal em locais públicos, e deflagrar campanhas para orientar a população sobre o autoisolamento ao aparecimento de sintomas, evitando, inclusive, a transmissão intradomiciliar”, afirma trecho do documento.

Cidade de São Paulo

No intervalo de um mês, o número de pacientes ocupando leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) na cidade de São Paulo cresceu quase 600%.

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Eram 52 internados no dia 24 de dezembro do ano passado. Nesta segunda-feira (24), o número saltou para 363. O dado consta do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo diariamente.

Na semana passada, o número de pacientes em estado grave era 325, o que significa que, em uma semana, o crescimento na ocupação de leitos de UTI foi de 11%.

Já a taxa de ocupação de leitos de UTI passou de 19%, registrada no dia 24 de dezembro, para 72% nesta segunda. A prefeitura tem aumentado o número de leitos para atendimento de pacientes com a Covid-19.