Vale ainda não chega a acordo sobre Brumadinho, Burger King levanta R$ 510 mi em follow-on, Linx aceita oferta da Stone e mais

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quarta-feira

Equipe InfoMoney

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Um dos negócios mais acompanhados pelo mercado ficou mais próximo de chegar a um desfecho. Acionistas da empresa de tecnologia Linx aprovaram, na terça-feira a venda da companhia para a Stone, em detrimento da oferta que havia sido feita pela Totvs.

O governo de Minas Gerais e instituições do sistema de Justiça não aceitaram o valor proposto pela Vale para um acordo global relacionado a reparações pelo desastre de Brumadinho (MG), de janeiro de 2019. Uma nova audiência foi marcada para o dia 9 de dezembro. Já o BK Brasil levantou R$ 510,3 milhões com oferta de ações. Confira mais destaques abaixo:

Linx (LINX3) e Stone (NASDAQ: STNE)

Os acionistas da empresa de tecnologia Linx aprovaram, na terça, por maioria qualificada, a venda da companhia para a Stone.

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A oferta tem valor de cerca de R$ 6,7 bilhões, e foi escolhida em detrimento daquela feita pela Totvs.

A aquisição deve transformar a StoneCo em uma provedora integrada de software e pagamentos em um momento em que novos rivais e novas tecnologias – como a plataforma de pagamentos instantâneos Pix, lançada esta semana pelo Banco Central – estão transformando a indústria de pagamentos no Brasil.

Se concluído, o negócio tornará a Linx uma nova unidade de negócios de software da Stone, comandada por executivos de ambas as empresas. A operação depende de aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

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O Bradesco BBI avaliou que a decisão da CVM de permitir que os fundadores e gestores da Linx votassem contribuiu para sua venda à Stone, em detrimento da proposta feita pela Totvs. O banco destaca, no entanto, que mesmo os acionistas minoritários votaram a favor da Stone.

Apesar de a Totvs não ter sido capaz de fechar o negócio, o Bradesco mantém suas ações como top pick no setor latino-americano de tecnologia, mídia e telecomunicações. O banco reafirma a avaliação em outperform, com preço-alvo de R$ 36, frente os R$ 27,15 do fechamento da véspera.

O Credit Suisse afirma que a compra da Linx faz sentido para a Stone. A Stone poderá oferecer aos 70 mil clientes da Linx produtos financeiros que a Linx, sozinha, não teria escala para ofertar. O banco avalia que o preço foi justo, e é importante na estratégia da empresa de se tornar uma plataforma completa para merchants de todos os tamanhos.

Incorporada, a Linx passa a valer mais do que valia sozinha. O Credit Suisse espera que o Cade exija poucos remédios para a conclusão da operação, que pode demorar alguns meses. Os acionistas da Stone ainda precisam aprovar o resgate das ações preferenciais dado aos acionistas da Linx , por dinheiro ou classe A das ações comuns da Stone. Os BDRs da Stone precisam ser registrados na CVM e admitidos para trading na B3. O banco não espera dificuldades em conseguir que os acionistas aprovem todas essas condições.

Veja mais sobre o caso clicando aqui.

Biosev (BSEV3)

Um incêndio em um dos tanques de etanol da usina da Biosev em Rio Brilhante (MS) paralisou as atividades na unidade nesta terça-feira, informou a companhia. A empresa é controlada pelo grupo Louis Dreyfus.

O fogo no tanque, que armazenava 5 milhões de litros, foi controlado, disse a Biosev, acrescentando em nota que as causas e consequências do incêndio ainda estão sendo apuradas, “inclusive com relação a eventuais vítimas”.

Funcionários foram retirados do local em observância aos protocolos de emergência.

BK Brasil (BKBR3)

A BK Brasil Operação e Assessoria a Restaurantes, que opera a rede Burger King no Brasil, captou R$ 510,3 milhões através de uma oferta subsequente de ações (follow-on). A empresa emitiu 47.250.000 novas ações, considerando o lote adicional de papéis, equivalente a 35% da quantidade original, cerca de 12.250.000 ações. O preço por unidade foi de R$ 10,80.

Vale (VALE3)

O governo de Minas Gerais e instituições do sistema de Justiça não aceitaram nesta terça-feira proposta financeira da mineradora Vale para um acordo global relacionado a reparações pelo desastre de Brumadinho (MG), e uma nova audiência foi marcada para o dia 9 de dezembro.

Segundo comunicado divulgado pelo governo de Minas após audiência com a mineradora, a proposta feita pela Vale “não está em conformidade com as premissas que haviam sido acordadas”.

A mineradora afirmou que segue mantendo um “diálogo construtivo” com o governo de Minas Gerais e instituições de Justiça visando um possível acordo global sobre reparações pelo desastre de Brumadinho (MG).

Após audiência nesta terça-feira, a Vale afirmou também que ainda não há definição de valores para um eventual acordo relacionado ao desastre com uma barragem de rejeitos de mineração que deixou cerca de 270 pessoas mortas, em janeiro de 2019.

A mineradora informou ainda que está agendada para 9 de dezembro uma nova audiência.

Na reunião desta terça-feira, no Cejusc, órgão de mediação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, ficou acordado que a empresa estenderá um pagamento emergencial para o mês de dezembro, segundo a companhia.

O Morgan Stanley afirmou que o desenrolar das negociações entre Vale e autoridades sobre Brumadinho está em linha com sua expectativa de que as partes não chegariam a um acordo na terça. O banco avalia que as ações terão desempenho abaixo da média do mercado nesta quarta-feira.

O banco avalia que o fim do processo pode demorar, e custar mais do que alguns participantes do mercado podem estar esperando. Em seu modelo sobre as ações da empresa, o Morgan Stanley incluiu um valor de US$ 4 bilhões a ser pago em um potencial acordo no primeiro trimestre de 2021. O valor estimado fica acima das provisões já reservadas pela empresa.

O Morgan Stanley afirmou que não espera que a empresa receba algum tipo de auxílio fiscal como parte do acordo. O banco mantém avaliação das ações como overweight, com preço-alvo de US$ 14, frente os US$ 12,56 pagos pela ação na bolsa de Nova York.

O Itaú BBA avalia que, no momento, as discussões entre autoridades e Vale parecem estar mais focadas nas pré-condições exigidas pela mineradora para assinar um acordo final, que, em seu ponto de vista, se relaciona com a intenção da Vale de aumentar a certeza legal do processo.

O banco avalia que, independentemente do valor pago pela empresa, o crescimento da visibilidade sobre o assunto poderia levar a uma reavaliação dos papéis da Vale por agências de risco, diminuindo o desconto das ações na comparação com os seus pares australianos.

Segundo o jornal Estadão, a Vale inicia nesta semana um projeto-piloto que visa transformar rejeitos de barragens em produtos para a construção civil, como blocos de concreto e pisos. Em um futuro, a iniciativa poderia ajudar a reduzir a dependência em barragens. Além de Brumadinho, a Vale está envolvida também no desastre de Mariana, de 2015.

A fábrica piloto foi construída em uma área de 10 mil metros quadrados dentro da unidade da Mina do Pico, no Complexo de Vargem Grande (MG). A fábrica deverá passar por dois anos de testes

Banco Inter (BIDI11) e BMG (BMGB4)

Em acordo fechado na terça-feira, Banco Inter e BMG, decidiram formar uma joint-venture no mercado de pagamentos por maquininhas. O meio de pagamentos, que era chamado BMG Granito, passa a se chamar Granito. Cada banco passa a ter 45% do negócio, e os 10% restantes ficam com os sócios fundadores da empresa, Rodrigo Luiz Teixeira e Roberto Masotti, que permanecem como CEO e COO, respectivamente.

Itaú (ITUB4) e Totvs (TOTS3)

O Itaú Unibanco informou na terça-feira que elevou sua participação acionária na Totvs para 5,041%. Assim, o banco passa a ter 29 milhões de ações da Totvs.

Sabesp (SBSP3)

A Sabesp pretende desembolsar, até o final de 2020, R$ 950 milhões contratados com o BID Invest, informa o Valor. O empréstimo servirá para custear investimentos e refinanciar dívidas.

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