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A 2TM, holding do Mercado Bitcoin, a maior exchange de criptomoedas brasileira por valuation, demitiu 15% de sua base de funcionários, ou cerca de 100 profissionais, na quinta-feira (1).
“A adversidade econômica continua”, disse a empresa em comunicado. Esta é a segunda rodada de cortes para a 2TM que, em junho, demitiu mais de 80 trabalhadores.
Ao CoinDesk, a empresa também observou a “competição desequilibrada” na qual as exchanges estrangeiras de criptomoedas não seguem os mesmos padrões de relatórios e know-your-customer (KYC) (conheça seu cliente, em português) dos players domésticos.
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“O ambiente competitivo continua deteriorado e injusto, sem a aprovação da estrutura legal para atividades de criptomoedas. Com isso, os players que seguem a lei são penalizados por empresas que ignoram as regras locais”, disse a 2TM.
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A Câmara dos Deputados ainda não votou um projeto de lei de criptomoedas que foi aprovado pelo Senado em abril. A associação de exchanges ABCripto pediu à Câmara que exija que as exchanges tenham pelo menos um CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) específico de exchange cripto como requisito para solicitar uma licença no Brasil.
A medida está dentro do que se chama de “regra de transição. As exchanges estrangeiras – entre elas a Binance – se opõem a essa medida.
Outro ponto de discordância é o da segregação entre ativos de empresas e clientes, defendido por players locais e atacado por estrangeiros.
Outras corretoras a criptomoedas na América Latina que anunciaram demissões recentemente incluem a mexicana Bitso – principal concorrente do Mercado Bitcoin no Brasil – e a argentina Buenbit, que reduziu 45% de sua equipe.
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Em julho de 2021, o Mercado Bitcoin levantou US$ 200 milhões em uma rodada de investimento de série B, que na época avaliou a 2TM em US$ 2,1 bilhões.
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