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“Tudo que faço no trade recai sobre estudo estatístico”, diz Renan Rossa

Trader conta que o simulador foi importante para ganhar confiança de operar na conta real

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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Renan Rossa é de uma cidade do interior catarinense de cerca de 5 mil habitantes. Mas a vida pacata o deixava inquieto. Apaixonado por tecnologia da informação (TI), foi buscar formação superior no tema em Joinville e Ibirama (SC).

Mais tarde, foi trabalhar em um supermercado, onde passou pelo caixa, faturamento, entre outras áreas, até entender o funcionamento desse tipo de varejo e construir um ambiente de TI.

Com mais experiência no ramo, foi parar numa consultoria de TI onde focou em infraestrutura e se envolveu em muitos projetos ao mesmo tempo.

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Mudança de rumo

“Mas o cansaço começou a bater, o desgaste, a pressão, e quando tinha 23 anos, em 2013, eu apaguei na mesa do escritório e acordei no hospital. Então, dali, comecei a olhar a paixão que era a TI de outra forma e passei a ver aquilo com outros olhos”, conta ele, que participou do programa 49 do GainDelas.

“Ali, comecei a repensar minha vida com TI. Se era aquilo que queria para a minha vida”, recorda. Com pouco dinheiro que sobrava do salário na consultoria, começou a procurar um jeito de investir aquele excedente.

“Abri uma conta na corretora. Daí, abro a plataforma pela primeira vez e vejo lá: ‘trade ao vivo’”, conta. No acesso à sala virtual, descobre um universo novo, que mudou sua vida. Rossa foi procurar conhecer mais o tema e diferentes análises técnicas. Da busca surgiu o desejo de fazer trade.

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“Mas com muito pé no chão”, ressalta. “Me apaixonei pelo trade não pelo dinheiro, mas pelo mesmo motivo que eu me apaixonei pela TI. A TI era apaixonante para mim por conta do desafio – e vi o mesmo no trade. É claro que a questão financeira tem um peso. Não vou topar um desafio desse tamanho para não mudar minha vida”, descreveu no programa GainDelas.

Início com pouco dinheiro

O planejamento foi o grande aliado na nova jornada. “Comecei sem pressa. No início era muito pouco dinheiro. Fechava o mês com R$ 50 positivo. Mas tinha visão do quanto conseguia de resultado perante o que eu tinha”, lembra.

“Embora de forma absoluta aquele valor não significava tanta coisa, sabia que no longo prazo, conforme conseguisse acumular capital, eu ia conseguir valores mais substancias. Eu sempre tive muita paciência”, acrescenta.

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Renan Rosso foi levando a atividade de trader em paralelo com o trabalho na consultoria até 2016, quando deixou o emprego fixo.

“Sentei na frente de meu computador e agora sou eu e eu”, recorda. Mas ressalta que tinha dinheiro guardado para pagar as contas por bons meses enquanto desenvolvia seu projeto no trade.

Conta real x conta simulada

Ele conta que o simulador – ou conta demo – foi um grande aliado no processo de aprendizagem. “Não adianta treinar a parte emocional se você não tem a parte técnica. Se você não sabe o que está fazendo, como vai criar ‘casca’, como vai aprender a lidar com suas emoções”, relata.

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“Usei-a exatamente como a conta real”, diz. “Fiquei um período no simulador até acertar o que estava fazendo no sentido técnico”, afirma.

O trader chegou ao ponto de não saber se estava operando a conta real ou conta simulada – sempre pedia a um amigo para selecionar uma das duas e não avisá-lo. A ideia era evitar a pressão que a conta real impõe ao operador.

Fez isso por meses. Ele colocava fitas pela tela do computador para não saber que tipo de conta estava operando.

“Eu passei a experiência de entender que não é diferente se estou na conta real ou na conta demo. Ela não vai fazer o movimento ser diferente”. Com a prática, ele driblava os “os fantasmas” emocionais que aparecem na operação da conta real.

Método Rossa

Renan Rossa cresceu, se desenvolveu e se tornou um trader, analista CNPI, parceiro XP e criador do Método Rossa de Price Action, cujo conhecimento de TI foi essencial para desenvolvê-lo.

O método de leitura e operacionalização do mercado desenvolvido por ele é baseado em dados estatísticos obtidos por um programa, que analisa barras em diversos ativos e tempos gráficos.

“Hoje, costumo dizer que price action não é só identificar padrões e pontos importantes do mercado, mas sim entender também como esses padrões estão sendo formados e como o preço está se desenvolvendo na medida em que ele se aproxima de pontos importantes”, afirma.

Segundo Rosso, a ideia essencial de seu método quando criado foi otimizar a operação. “Tudo que faça no trade recai sobre esse estudo estatístico”, conta.

Operar com condições para isso

O trader dá dicas e afirma que opera enquanto entende que tem condições de operar. “Operar cansa. Às vezes dá meio-dia, uma hora, saio do computador e se eu ficar no sofá eu durmo”, diz.

“Se estou cansado não vou ter a mesma qualidade de análise, de gerenciamento. Tenho consciência se estou ou não estou em condições”, complementa.

Por outro lado, ele não vê sentido parar de operar enquanto tem condições de produzir bons resultados. Ele vê muita afobação no mercado, principalmente dos recém-chegados ao mercado financeiro.

“O pessoal até encontra ponto legais para entrar, mas é muito afobado. O preço chegou lá, o cara já comprou, já vendeu. Quem está aprendendo, nessa ânsia de querer operar, acaba sofrendo muito mais com isso e entrando de forma precoce nos movimentos”, ensina.

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