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Trade hoje: PETR4 passa por momento de indefinição antes de balanço, aponta análise técnica

Papéis da empresa têm ganhos no acumulado do ano, mas recuam parcialmente em maio

Rodrigo Petry

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As ações da Petrobras (PETR4), apesar das perdas parciais de 3,5% em maio, acumulam ganhos de 4,7% em 2023, além de registrarem desempenho positivo em 12 meses, de 31,6%. Nesta quinta-feira, por volta das 14h10, os papéis avançavam 0,9%, cotados a R$ 22,87.

Investidores repercutem os dados de produção e de vendas do primeiro trimestre da Petrobras, que trazem sinais positivos, enquanto analistas fazem projeções para a distribuição de dividendos. Os números antecedem o balanço do 1º trimestre, que sai no dia 11 de maio, após o fechamento do mercado.

Mesmo assim, analistas técnicos não enxergam clara tendência para as ações da petroleira, que passam por muita indefinição e falta de clareza. Confira, a seguir, o que dizem os gráficos da Petrobras (PETR4).

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Análise técnica: PETR4

Para o analista técnico da Levante, Enrico Cozzolino, as ações da Petrobras passam por um momento de indefinição tanto no curto quanto no médio prazo. Ele ressalta que, desde o ano passado, os papéis passam por muita volatilidade e pouca definição de tendência.

Isso é claramente visível, acrescenta o analista, por conta dos topos e fundos aleatórios do seu gráfico [como se vê mais abaixo], dentro de uma extensa faixa de preços. Para ele, em um cenário otimista, estaria o fechamento do papel acima dos R$ 24,00, “com volume comprador colocando o ativo em tendência de alta”.

Por outro lado, em um cenário pessimista, estaria o rompimento do suporte dos R$ 21,90, “abrindo a possibilidade de uma tendência de baixa no curto prazo”. Os pontos de suporte do ativo são R$ 22,40 (1) e R$ 21,90 (2) e de resistência R$ 24,00 (1) e R$ 26,15 (2), segundo análise da Levante..

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PETR4: curto prazo

Pensando no curto prazo, o analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila, destaca que as ações da Petrobras (PETR4) fizeram um pivô de alta em abril e, no momento, fazem uma correção técnica de baixa. “Importante acompanhar a faixa de suporte dado pela MM50 e a proporção de Fibonacci”, disse.

“Uma operação de curto prazo na compra seria interessante fazendo nova máxima e um stop abaixo de R$ 21,50, com alvo em R$ 24,70“, acrescentou.

Gráfico curto prazo Petrobras – dezembro/22 a maio/23

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Fonte: Broadcast. Elaboração: Régis Chinchila, até 3/5

Para Breno Ráo, analista técnico do PagBank, analisando o gráfico diário, a ação da Petrobras comprometeu sua configuração ascendente, ao perder o fundo anterior nos R$ 22,58 [seta preta do gráfico abaixo].

Segundo ele, o preço segue sem tendência definida no curto prazo, consolidado entre a faixa de resistência dos R$ 24,50 e a de suporte dos R$ 19,00 (que se estende dos R$ 20,00 até os R$ 18,59).

“As médias seguem laterais, sendo cruzadas pelo preço a todo momento. Recentemente, o cenário foi de chegada ao topo nos R$ 24,50, com MACD (Média Móvel Convergente e Divergente) puxando descendência, indicando fraqueza das compras para superação; assim que o preço volte para próximo do suporte nos R$ 19,00 no curto prazo.”

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Gráfico diário PETR4 – junho/22 a maio/23

Fonte: Trvd. Elaboração: Breno Ráo, até 3/5

Conforme Alexandre Milen, analista de Investimentos e CEO da Harami Research, a tendência das ações de Petrobras é de baixa no curto prazo.

“Isto se comprova pelo cruzamento de médias móveis exponenciais cruzadas em 27/04, com forte aumento de volume neste dia. Além disso, devemos ficar atentos ao suporte em R$ 22,60 que, se ultrapassado e confirmado, poderá trazer quedas mais acentuadas nos preços”, disse ele.

Gráfico diário PETR4: março a maio/2023

Fonte: Trdv. Elaboração: Alexandre Milen, até 3/5

Petrobras: médio prazo

No médio prazo, de acordo com Raó, do PagBank, analisando o gráfico semanal, o ativo mantém a configuração de topos e fundos ascendentes, onde a superação do topo deixado nos R$ 30,34 daria continuidade na tendência de alta. Por outro lado, afirmou o analista, a perda da faixa de suporte dos R$ 19,00 comprometeria essa configuração ascendente.

“O cenário é de uma linha de tendência de alta presente, e o MACD ascendente apoiando a busca pelo topo nos R$ 30,34. Para isso, se faz necessário a superação da resistência intermediária nos R$ 24,50, seguida pelo fechamento dos gaps de baixa circulados”, acrescentou.

Gráfico semanal Petrobras: 2020 a 2023

Fonte: Trvd. Elaboração: Breno Ráo, até 3/5

Para Chinchila, no médio prazo, as ações da Petrobras reafirmam “o momento travado”, sendo que precisam romper a resistência em R$ 24,70 para retomar a pressão compradora. “A correção técnica está testando o suporte da média móvel de 50 dias”, disse.

Gráfico PETR4: maio/22 a maio/23

Fonte: Broadcast. Elaboração: Régis Chinchila, até 3/5

Na avaliação de Milen, no médio prazo, a tendência do ativo está lateralizada, sem tendência definida. Para ele, é preciso ficar atento ao estreitamento das bandas de Bollinger, “onde os preços tendem a acompanhar a banda inferior e com isso confirmar tendência baixista”.

Além disso, acrescentou, neste exato momento, os preços testam região de suporte em R$ 22,60 que, se ultrapassados, poderão indicar baixa no médio prazo.

Gráfico semanal: julho/2022 a maio/2023

Fonte: Trdv. Elaboração: Alexandre Milen, até 3/5

Tendência de alta no longo prazo

Se o cenário é de indefinição no curto e no médio prazos, olhando um horizonte maior de tempo, os analistas são unânimes em apontar tendência de alta no longo prazo.

Para Chinchila, no longo prazo, as ações mostram tendência de alta, com topos e fundos ascendentes. “No momento está travado dentro de uma estrutura de retângulo e precisa romper a resistência em R$ 24,70 para retomar a tendência primária. Os indicadores MACD e IFR [Índice de Força Relativa] sinalizam o momento de indefinição”, pontuou.

Gráfico PETR4: abril/2018 a abril/2023

Fonte: Broadcast. Elaboração: Régis Chinchila, até 3/5

Segundo Raó, pelo gráfico mensal [logo abaixo], a Petrobras está em tendência de alta, com o saldo de volume (OBV) ascendente acompanhando as altas.

“Há alguns meses o histograma MACD engatou descendência, com o preço buscando a média móvel de 9 períodos [linha cinza abaixo], onde estagnou negociações até então. O movimento é caracterizado como um pullback da tendência de alta”, pontuou.

Para ele, uma correção mais extensa visaria a faixa de suporte dos R$ 13,80, “sem comprometer a configuração ascendente do preço”. “Eventual retomada de ascendência no histograma MACD pode ser um sinal para o preço buscar o topo nos R$ 30,34″, acrescentou.

Gráfico mensal: 2004 a 2023

Fonte: Trvd. Elaboração: Breno Ráo, até 3/5

Por fim, Milen, da Harami, ressalta que, no longo prazo, as ações Petrobras, apesar de terem um longo cruzamento de médias móveis indicando compra, atualmente não possuem nenhuma tendência definida.

“Isso se comprova pela grande maioria dos indicadores técnicos e principalmente pelo baixo volume de negociações do ativo”, conclui.

Gráfico PETR4: 2020 a 2023

Fonte: Trdv. Elaboração: Alexandre Milen, até 3/5

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