Tenda (TEND3) tem dados operacionais fracos, com queda de lançamentos no 1º tri, mas ação têm reviravolta e fecha em alta

Para o Credit Suisse, a companhia está “iniciando o longo processo de recuperação de margens”. 

Equipe InfoMoney

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A Tenda (TEND3) divulgou seus dados operacionais referentes ao primeiro trimestre de 2022, lançando 7 empreendimentos no período e totalizando um valor geral de vendas (VGV) de R$ 467,2 milhões, um recuo de 23,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2021 (1T21) e de 44% frente o quarto trimestre de 2021 (4T21).

As vendas líquidas totalizaram R$ 578,6 milhões entre janeiro e março deste ano, uma redução de 17,8% na base anual e de 25,9% na comparação com trimestre anterior, com velocidade sobre a oferta líquida (VSO) de 26,1%.

As ações tiveram uma sessão de reviravolta na Bolsa, chegando a cair 6,31% na mínima do dia, a R$ 6,24, mas fechando com alta de 2,55%, a R$ 6,83. O dia foi de volatilidade: na máxima, os papéis saltaram 6,61%, a R$ 7,10.

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Segunda a XP, a Tenda apresentou resultados operacionais fracos em todas as frentes no 1T22, explicados pelos lançamentos em forte queda, composto por 7 projetos versus 10 projetos lançados no 1T21. “Assim, podemos ver uma reação negativa do mercado para TEND3”, avalia.

Como resultado, as vendas líquidas também caíram, prejudicadas pelo fraco desempenho das vendas de lançamentos.

A empresa também mencionou um crescimento em seu preço médio de venda por unidade atingindo R$ 162,6 mil (+14,3% na base anual e +3,3% na trimestral), seguindo sua estratégia de recuperação de margens.

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Como resultado, a velocidade de vendas (VSO) foi negativamente impactada, atingindo níveis 26,1% (-5,4 p.p. na base anual e -5,8 p.p. na trimestral). Por fim, os distratos aumentaram, atingindo 20,5% das vendas líquidas (+7,2 p.p. na comparação ano a ano e +6,7 p.p. frente o quarto trimestre).

Por outro lado, para o Credit Suisse, a companhia está “iniciando o longo processo de recuperação de margens”.

Cabe destacar que os resultados do quarto trimestre de 2021 não foram bem recebidos pelo mercado e as ações desabaram na sessão pós-balanço, com destaque para a margem bruta negativa.

Na análise, o Credit ressalta que os números foram negativos, mas “com evidências de que a empresa está tentando recuperar suas margens”. Lançamentos e vendas caíram na base anual, ficando abaixo das estimativas do banco, e a velocidade de vendas desacelerou.

“No entanto, tal efeito se deveu, em parte, aos incrementos de preços unitários da Tenda, o que é um sinal de que a empresa vem implementando a estratégia anunciada para recuperar as perdas de margem. Como este pode ser apenas o início de um processo longo e desafiador, continuamos cautelosos com as operações e finanças da Tenda, pois o amortecedor de inflação adicionado aos orçamentos pode não ser suficiente para compensar o aumento de custos esperado para o ano”, diz o Credit Suisse, que mantém a classificação neutra para a ação, com preço-alvo de R$ 23,00.

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