Rússia nega intenção de derrubar governo da Ucrânia

Regime de Vladimir Putin diz que objetivo é 'desmilitarizar' e 'desnazificar' a Ucrânia; o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, é judeu

ANSA Brasil

Civis ucranian (Foto de Andriy Dubchak via Getty Images)

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A Rússia negou nesta quarta-feira (9) que seu objetivo com a invasão à Ucrânia seja derrubar o governo do presidente Volodymyr Zelensky — que alega ser o “alvo número 1” da ofensiva russa.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse a jornalistas que houve “algum progresso” nas negociações com o governo ucraniano, que são realizadas em Belarus, garantindo que as Forças Armadas não receberam a tarefa de “derrubar o atual governo”.

Oficialmente, o regime de Vladimir Putin diz que seu objetivo é “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia e obter o reconhecimento da anexação da Crimeia e da soberania das regiões de Donetsk e Lugansk. Apesar da acusação de nazismo, Volodymyr Zelensky é judeu.

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Potências ocidentais acusam a Rússia de querer instalar um governo “fantoche”, pró-Kremlin, assim como já acontece na vizinha Belarus, para evitar a aproximação de mais uma ex-república soviética à União Europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

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Corredores humanitários

Rússia e Ucrânia fecharam um acordo para manter seis corredores humanitários abertos nesta quarta, envolvendo cidades como Enerhodar, Sumy, Mariupol, Volnovakha, Izium e os arredores da capital Kiev.

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“Faço um apelo para que a Federação Russa assuma um compromisso público formal [de respeitar os corredores]”, disse a vice-premiê da Ucrânia, Iryna Vereshchuk. “Habitantes de Volnovakha falaram comigo e me pediram que a promessa da Federação Russa seja respeitada. As pessoas precisam sair dos lugares onde estão se escondendo da chuva de mísseis que as está matando”.

Apenas em Sumy, cerca de 5 mil civis foram evacuados na  terça-feira (8) e levados para Poltava, que ainda não é alvo da invasão russa. Até o momento, a guerra na Ucrânia já deixou cerca de 2,2 milhões de refugiados, segundo a ONU, e centenas de milhares de deslocados dentro do país.