Rússia diz que reduzirá drasticamente atividade militar perto de Kiev e Chernihiv, após avanço em negociações

Esse foi o primeiro encontro presencial entre representantes de Moscou e Kiev em duas semanas

Equipe InfoMoney

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As delegações de Rússia e Ucrânia concluíram nesta terça-feira (29) o primeiro dia da nova rodada de negociações em Istambul, na Turquia, que devem prosseguir nesta quarta (30).

O Ministério da Defesa da Rússia disse nesta terça que pretende “reduzir drasticamente” as operações militares contra as cidades ucranianas de Kiev e Chernihiv. A decisão foi tomada após avanços nas negociações entre os dois países, segundo o vice-ministro da Defesa da Rússia, Alexander Fomin, segundo informações da agência estatal Tass.

Esse foi o primeiro encontro presencial entre representantes de Moscou e Kiev em duas semanas, já que as tratativas vinham sendo realizadas por meio de videoconferência.

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O objetivo das negociações é alcançar um cessar-fogo na Ucrânia ou ao menos garantir ajudas humanitárias aos deslocados pela guerra.

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Para interromper a invasão, a Rússia exige a desmilitarização da Ucrânia, o compromisso de o país não ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o reconhecimento da anexação da Crimeia e da soberania do Donbass, região onde ficam as autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk.

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Segundo a mídia internacional, o Kremlin teria abdicado da controversa reivindicação de “desnazificar” a Ucrânia. “O potencial de combate das Forças Armadas ucranianas foi notavelmente reduzido, o que nos permite concentrar nossos esforços no objetivo primário, que é a liberação do Donbass”, disse nesta terça o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, citado pela agência estatal Tass.

Kiev já reconheceu que sua adesão à Otan não será possível, mas, em troca, pede garantias de segurança por parte de uma coalizão de países contra eventuais ataques russos no futuro. Esse grupo incluiria os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, Alemanha, Canadá, Turquia e Itália.

Ao receber as duas delegações, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que ambos os lados têm “preocupações legítimas” e devem ser ouvidos para “colocar fim a essa tragédia”. “Chegar à paz e ao cessar-fogo o quanto antes será benéfico para todos”, declarou o mandatário.

Segundo Erdogan, uma “paz justa” não terá perdedores. “Espero que nossos encontros sejam de bons auspícios para seus países, para nossa região e para toda a humanidade”, acrescentou.

De acordo com a emissora britânica Sky News, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, alertou que os negociadores do país não devem “comer, beber nem tocar quaisquer superfícies” para evitar envenenamentos.

Na última segunda-feira (28), surgiram notícias sobre um suposto envenenamento do oligarca russo Roman Abramovich, dono do Chelsea, e de dois negociadores ucranianos durante uma reunião em Kiev no início de março, informação não confirmada oficialmente – Abramovich está em Istambul para a nova rodada de negociações.

(com Ansa Brasil)

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