XP (XPBR31) bate recorde de receita com crescimento do varejo e banco de investimento

Instituição avança em novas linhas de negócio e entrega margem acima dos 30%, topo do guidance fornecido pela empresa

Mitchel Diniz

Arena XP, complexo de esporte, e gastronomia e bar na Avenida Faria Lima, em São Paulo (Foto: Divulgação)

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A XP Inc. (XPBR31) registrou receita bruta recorde no segundo trimestre de 2022, de R$ 3,629 bilhões, com crescimento de 12% na comparação com o mesmo período do ano passado. As operações de varejo voltaram a crescer no trimestre e responderam por 78% da receita financeira líquida consolidada (R$ 2,8 bilhões no período).

“Conforme o esperado em um ambiente de Selic elevada, a forte demanda por produtos de renda fixa, tanto no mercado primário quanto secundário, em conjunto com crescimento nas receitas de floating, mais do que compensaram um trimestre mais fraco de receitas com ações e futuros”, informa o texto que acompanha o balanço. No banco de atacado, destacaram-se as operações com emissões de dívida (renda fixa).

O lucro líquido ajustado foi de R$ 1,046 bilhão no segundo trimestre de 2022, com crescimento de 1% em relação ao resultado de um ano antes e de 6% na comparação com os três primeiros meses de 2022.

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No segundo trimestre, a XP lançou sua plataforma de negociação de criptomoedas (Xtage), a conta internacional para clientes investirem no exterior e a conta digital com cartão de débito.

“Estamos falando de iniciativas em que gastamos algo em torno de R$ 500 milhões só no primeiro semestre deste ano. A gente espera que esses investimentos comecem a apresentar retornos relevantes a partir de 2023 em diante. São negócios que vão escalar por muitos anos”, diz o CFO da XP, Bruno Constantino.

Com os investimentos, a margem líquida ajustada da XP recuou para 30,5% no segundo trimestre, em relação a 31,6% no período anterior, mas segue acima do topo do guidance da instituição, de 30%. “Mesmo com todos os investimentos e um cenário macroeconômico desafiador, as margens seguem preservadas”, afirma o CFO.

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A receita com clientes institucionais totalizou R$ 436 milhões, alta de 16% na comparação com o mesmo período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, porém, houve uma queda de 20%, já esperada pela XP, pois houve uma grande demanda por derivativos nos primeiros três meses do ano, em função da guerra na Ucrânia.

A receita com novas verticais de negócio saltou 113%, totalizando R$ 264 milhões. A receita com cartão de crédito foi de R$ 116 milhões, alta de 256%. Já a frente de previdência privada registrou faturamento de R$ 81 milhões, crescimento de 57%.

A carteira de crédito atingiu R$ 12,9 bilhões no fim de junho deste ano, crescimento de 89% na comparação ano contra ano. Já os cartões de crédito XP geraram R$ 5,5 bilhões em TPV (Total Purchased Value, da sigla em inglês) no segundo trimestre, crescimento de 161% em relação ao mesmo período do ano passado. O total de cartões ativos ultrapassou a marca de 383 mil no segundo trimestre do ano, um crescimento de 25% trimestre contra trimestre e 185% ano contra ano.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados