CVC (CVCB3) tem queda de 46% do prejuízo no 2º tri de 2022, para R$ 94,8 mi; receita sobe 133,5%

Apesar de retomada do turismo, companhia viu seus gastos aumentarem com vendas e administrativas crescerem

Equipe InfoMoney

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A companhia de turismo CVC (CVCB3) teve um prejuízo líquido de R$ 94,8 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), uma queda de 46% na comparação anual, informou nesta terça-feira (9).

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi negativo em R$ 600 mil, queda de 99,5% ante o resultado negativo de R$ 123,8 milhões registrado entre abril e junho de 2021. O Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 15,5 milhões, baixa de 88,2% anualmente.

A receita líquida, por sua vez, cresceu 133,5% em relação ao 2T21, para R$ 269,7 milhões, acompanhando o crescimento das reservas consumidas no período, principalmente pela forte procura por viagens fruto de demanda reprimida, flexibilização de restrições para viagens internacionais, retomada de viagens de negócios (a qual favoreceu particularmente a operação do B2B) e reaquecimento do setor de eventos corporativos e culturais.

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Apesar da alta da receita, a CVC viu também suas despesas crescerem consideravelmente – as com despesas gerais e administrativas cresceram 30,1%, para R$ 217,5 milhões, e as de vendas subiram 112,7%, para R$ 64,9 milhões. “A oscilação nos gastos com vendas é atribuída essencialmente ao aumento do volume de reservas confirmadas e aos maiores gastos com marketing, devido a retomada do turismo e aniversário de 50 anos da marca”, comentou a companhia em documento publicado na noite desta terça-feira (9).

O consenso Refinitiv com analistas apontava para um prejuízo de R$ 128 milhões no trimestre, Ebitda de R$ 11 milhões e receita de R$ 329 milhões.

O resultado financeiro totalizou despesa líquida de R$ 39,9 milhões no 2T22. O aumento de 13,7% em comparação ao 2T21 deve-se principalmente ao aumento da taxa básica de juros.

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“O montante de antecipações de recebíveis do 2T22 foi de R$ 320,3 milhões inferior ao trimestre precedente, fruto da menor necessidade de caixa do período e sazonalidade usual do negócio. Os efeitos da capitalização do trimestre foram imateriais para o resultado financeiro, dado sua conclusão nos últimos dias do mês de junho”, afirmou a empresa.

Cabe ressaltar que, na sessão pré-balanço, nesta terça, as ações fecharam em forte queda, de 10,96%, com o JPMorgan cortando a recomendação para os ativos de compra para neutra, “diante da dinâmica desafiadora do balanço ressaltada pelo recente aumento de capital, que vemos como um pequeno paliativo e não exclui novas injeções de capital”.

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