Santander Brasil (SANB11) tem queda do lucro no 3º tri de 2022, para R$ 3,122 bi, abaixo do consenso de mercado

Lucro vem abaixo dos R$ 3,76 bilhões previstos pelo consenso Refintiiv

Felipe Moreira

(Shutterstock)

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O Banco Santander Brasil (SANB11) reportou lucro líquido gerencial de R$ 3,122 bilhões no terceiro trimestre de 2022 (3T22), cifra 23,5% menor do que o reportado no segundo trimestre de 2022, informou a instituição financeira nesta manhã de quarta-feira (26). O número ficou 17% do consenso Refinitiv, que previa lucro líquido reportado de R$ 3,76 bilhões. A queda foi de 28% na comparação com o 3T21, quando o lucro gerencial totalizou R$ 4,34 bilhões.

O lucro líquido foi de R$ 11,211 bilhões nos primeiros meses de 2022 (9M22) com queda de 10,1% se comparado com o mesmo período do ano anterior.

O retorno gerencial sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) foi de 15,6% no 3T22 e 19,0% no 9M22.

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A margem financeira bruta alcançou R$ 12,598 bilhões no terceiro trimestre de 2022, uma queda de 1,4% em relação ao 2T22 refletindo principalmente o menor resultado em operações com clientes no período que apresentou queda de 1,0%, principalmente pela maior seletividade na concessão de crédito e foco nos produtos com maior nível de garantias e colaterais (efeito mix).

A margem totalizou R$ 39,311 bilhões no 9M22 com queda de 5,2% se comparado com o mesmo período do ano anterior.

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A margem de operações com o mercado, por sua vez, somou (R$ 1,545) bilhões no 3T22, praticamente estável no trimestre e com redução no ano, impactada pela sensibilidade da taxa de juros.

As receitas totais de prestação de serviços atingiram R$ 4,734 bilhões no terceiro trimestre de 2022, representando redução de 3,0%, “influenciado por menores receitas de administração de fundos, cartões de crédito e corretagem e colocação de títulos”, explica o banco.

No acumulado do ano, as receitas totais de prestação de serviços tiveram queda de 1% no 9M22, no entanto, apresenta crescimento de 2,4%, se desconsiderado o efeito da saída da GetNet no ano passado.

As despesas gerais atingiram R$ 5,691 bilhões no 3T22, alta de 4,8% no trimestre.

O Santander explica que a variação é justificada por “maiores gastos com pessoal, que cresceu 6,3% no trimestre impactadas pelo acordo coletivo aplicado sobre a base salarial da companhia a partir de setembro de 2022, maiores gastos administrativos com variação de +3,3%, principalmente pelo crescimento dos negócios, com maiores custos com processamento de dados e serviços técnicos especializados e de terceiros e maior gasto de amortização e depreciação que atingiu 4,6% neste trimestre refletindo principalmente os maiores investimentos realizados em software e hardware”.

Carteira de crédito do Santander

A carteira de crédito atingiu R$ 484,252 bilhões representando crescimento de 7,5% se comparado com o mesmo período do ano anterior. Destaque para a carteira de pessoas físicas com crescimento de 11,0% nesse mesmo período, principalmente pelo Crédito Consignado e Imobiliário.

No trimestre, a carteira cresceu 3,4% com destaque para operações com Grandes Empresas que apresentou crescimento de 5,8%, com destaque para Capital de Giro e Comércio Exterior.

O resultado de créditos de liquidação duvidosa foi negativo em R$ 6,209 bilhões no 3T22, um crescimento de 8,1% sobre o 2T22.

Nos primeiros nove meses do ano, resultado de créditos de liquidação duvidosa também foi negativo em R$ 16,566 bilhões um crescimento de 63,0% em relação ao ano anterior, justificado pelo crescimento da inadimplência principalmente nas operações de crédito a pessoas físicas.

Os ativos totais somaram R$ 1,006,711 tilhões em setembro de 2022, aumento de 2,0% no trimestre e 3,8% na comparação anual.